Numa agropecuária situada no barrocal algarvio, as cabras já não têm pasto. Está tudo seco. São alimentadas à base de ração, palha e feno verde. Tudo tem de ser comprado.
“Eu andar aqui de calções e t-shirt em fevereiro já mostra que o tempo não vai certo”, afirma José Miguel Gonçalves ao entrar no estábulo. O agricultor mostra o seu rebanho de cabras. São 225 cabeças de gado, 175 cabras e 50 cabritos que nasceram há pouco tempo. “Aqueles três lá ao fundo nasceram hoje”, aponta.
“Como pode ver elas estão a comer na manjedoura. Deviam estar na rua, mas tenho que lhes dar comida aqui”, acrescenta. Alimentar todo este gado tem sido, nos últimos tempos, uma dor de cabeça para o agricultor que gere a sua agropecuária na zona de Benafim, no concelho de Loulé. A seca traz tempos difíceis. “Os animais já comeram tudo o que há para comer, não chove, a erva não se reproduz e somos obrigados a dar comida à […]