|
|
|
|
[ Página inicial ] [ Directório ] [ AgroNotícias ] [ Pesquisar ] [ Opinião ] [ Dossiers ] [ Info ] [ Adicionar URL ] [ Novidades ] [ Mapa ] |
– 12-05-2004 |
[ Agroportal ] [ Nacional ] [ Internacional ] |
Ambiente : Greenpeace ocupa edifício da UE para denunciar importação de madeira ilegalBruxelas, 11 Mai Numa acção de denúncia, 50 voluntários de 11 países, incluindo da associação portuguesa Quercus, colocaram um painel gigante no edifício do Comité Económico e Social, na capital belga, exigindo o "Fim da importação ilegal de madeira", proveniente de florestas tropicais ameaçadas. A Greenpeace deu como "mau exemplo" a própria UE, que utiliza madeira ilegal na construção e recuperação em alguns dos seus edifícios. O edifício em causa, assim como o Berlaymont, que em breve irá acolher a Comissão Europeia, foi classificado como "Cenário de Crime Florestal", tendo sido simbolicamente selado com uma fita amarela. Aqui, a madeira utilizada na renovação é proveniente de empresas conhecidas pela prática de comércio de madeira das florestas tropicais ameaçadas da Indonésia, país onde, segundo os ambientalistas, 90 por cento do corte de árvores é ilegal. Se a devastação das florestas tropicais indonésias continuar, dentro de 15 a 20 anos desaparecerão os orangotangos, de acordo com estimativas da associação ambientalista internacional: "As florestas tropicais indonésias devem ser o lar dos orangotangos e dos tigres e não de burocratas da UE em escritórios de pelúcia", afirmou Gavin Edwards, da Greenpeace Internacional. Portugal é um dos maus exemplos nesta matéria, segundo Sebastien Risso, conselheiro político da Greenpeace, sendo um dos dois países, juntamente com a Finlândia, que se opõe à existência de legislação específica para proibir a importação de madeira ilegal, preferindo a existência de acordos voluntários com os países produtores. O governo português alega nomeadamente que tal prejudicaria a indústria madeireira portuguesa e causaria problemas de mercado incompatíveis com as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC), acrescentou o ambientalista à agência Lusa. Segundo Luís Galrão, da Quercus, Portugal é um dos grandes importadores de madeira ilegal (toros, madeira serrada, folheados e contraplacados), em especial da África e América, nomeadamente de países como o Gabão, Congo (Brazaville), Camarões, Libéria, República Democrática do Congo e Brasil. Estima-se que, anualmente, sejam importados por Portugal cerca de um milhão de metros cúbicos daquela madeira. Neste último, a Associação Nacional de Conservação da Natureza está a investigar uma autorização de exploração, concedida em 2002, de seis milhões de hectares de floresta tropical a uma empresa madeireira portuguesa, quando aquele país pôs em prática uma moratória em 2002 para a concessão de autorizações deste tipo. Em causa, segundo o ambientalista, estão as empresas Sodefor e Soforma, cuja actividade a Quercus quer esclarecer, nomeadamente se são alvo de qualquer ajuda por parte do Governo. Na acção de protesto, os ambientalistas colocaram vários pedaços de contraplacado certificado pelo "Forest Stewardship Council", o único sistema internacional de certificação que oferece a garantia aos consumidores de que a madeira utiliza não é originária de uma floresta tropical. Alguns dos activistas entraram mesmo no edifício, encontrando no interior alguns exemplos de madeira ilegal, embora afirmem que muita já estará tapada, nomeadamente por alcatifa. Em Abril, a associação ambientalista internacional WWF tinha igualmente denunciado Portugal como um dos dois países, juntamente com a Itália, que menos medidas toma para combater o abate e comércio ilegal de árvores, num conjunto de 12 Estados europeus.
|
[ Página inicial ] [ Directório ] [ AgroNotícias ] [ Pesquisar ] [ Opinião ] [ Dossiers ] [ Info ] [ Adicionar URL ] [ Novidades ] [ Mapa ] |
|
Produzido por Camares ® – © 1999-2007. Todos os direitos reservados. Optimizado para o IE 5.#, resolução 800 x 600 e 16 bits |
Discussão sobre este post