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– 17-06-2004 |
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China : "Tolerância zero" para importação da lucrativa soja brasileiraPequim, 16 Jun "O Brasil está tentando convencer a parte chinesa que existem padrões internacionais de tolerância quando são detectadas sementes contaminadas com agrotóxicos," referiu à agência Lusa fonte da Embaixada do Brasil em Pequim. As autoridades chinesas ampliaram segunda-feira a suspensão das importações de soja para a quase totalidade dos exportadores brasileiros, depois de voltarem a descobrir vestígios de sementes tratadas com fungicidas em mais carregamentos de soja do Brasil. Em Maio passado, a China já suspendera oito exportadoras brasileiras de soja, por motivos semelhantes à "luz vermelha" levantada segunda-feira a mais 15 empresas. A suspensão chinesa à soja brasileira ameaça provocar grandes prejuízos num dos sectores mais lucrativos para o Brasil nas relações comerciais com a potência asiática. "A China adoptou uma atitude muito radical, de tolerância zero em relação à soja brasileira," comenta a mesma fonte, referindo que as leis chinesas sobre o assunto são "pouco claras." Uma equipa técnica do Ministério do Agricultura do Brasil chega domingo a Pequim para reunir com a Administração para a Inspecção e Quarentena (AIQ) da China, e tentar resolver o actual impasse. Para a China, a solução passa primeiro pelo Brasil enviar um relatório às autoridades chinesas sobre o sucedido e punir os responsáveis pelos carregamentos detectados com produtos tóxicos. "A parte chinesa já solicitou ao Brasil que faça averiguações para descobrir qual é o motivo do problema," referiu uma porta-voz do departamento de Informação da AIQ, sem adiantar mais pormenores. Até lá "as empresas brasileiras vão continuar suspensas," indicou a fonte diplomática brasileira. A fonte brasileira em Pequim rejeitou a ideia de que a acção chinesa possa ser de "proteccionismo" e indicou que serão conduzidas as devidas averiguações por parte do Brasil, "porque poderá haver de facto algum problema." O Brasil teme que a suspensão passe de temporária a "permanente," tornando quase "intransponível" a barreira colocada à soja brasileira pela China, comentou terça-feira o ministro brasileiro da Agricultura, Roberto Rodrigues. As medidas chinesas são anunciadas três semanas depois da visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva à China, à frente de uma grande comitiva com 400 empresários, para fortalecer a "parceria estratégica" económica e política entre os dois países. Num encontro, terça-feira, com responsáveis da AIQ, o embaixador brasileiro em Pequim, Affonso Celso de Ouro-Preto, procurou convencer a parte chinesa do impacto da medida nas crescentes relações económicas bilaterais. "O embaixador salientou a importância das relações comerciais bilaterais e sublinhou que, no ano passado, o Brasil forneceu um terço da soja importada pela China, num valor de 1,3 mil milhões dólares (1,2 mil milhões de euros)," indicou. As exportações de soja e óleo de soja para a China representaram 55 por cento das exportações brasileiras para o "gigante asiático" em 2003, que totalizaram os 4,5 mil milhões de dólares (3,7 mil milhões de euros). No ano passado, a potência asiática tornou-se no terceiro maior parceiro comercial do Brasil, atrás dos Estados Unidos e da Argentina.
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