Por ocasião do mais recente Dia Mundial da Alimentação, o PNPAS – com a chancela da DGS – publicou o “Catálogo Digital de Alimentos”, apresentando-o como “uma nova ferramenta digital cujo objetivo é ajudar a fazer escolhas alimentares mais saudáveis”. Mas será uma ferramenta verdadeiramente útil ou uma troca de informação por confusão? Digo
desde já, estamos perante uma situação grave e que nos deve levar todos a uma reflexão, em particular entidades públicas, academia, nutricionistas e operadores económicos. E aqui deixo o meu contributo pessoal.
Como é amplamente sabido, o rótulo é o meio mais fidedigno e atualizado de informação ao consumidor e a indústria alimentar foi sendo pioneira num conjunto de informações que reforçaram a sua relação com os consumidores.
Quais são então os pecados de um catálogo que vem publicitar a possibilidade de “explorar, de forma simples e intuitiva, a composição nutricional e lista de ingredientes”? Infelizmente muitos.
Em primeiro lugar, a sua desatualização. Estamos na reta final de 2025 e o dito catálogo inclui informação datada de (imagine-se) 2022. É certo que refere uma atualização de dois em dois anos. Portanto, em 2026 estaremos a lidar com dados de 2024, com o objetivo de (pasme-se) ter uma “ferramenta atualizada periodicamente”. Eu diria antes desatualizada permanentemente.
No entanto, não se fica por aqui. O mais grave é que vários dados apresentados estão desatualizados face à informação nutricional e à lista de ingredientes que estão nos rótulos à data em que o leitor se encontra, com paciência, a ler esta reflexão. Ler artigo completo aqui.
Fonte: APIC











































