Em audição na Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu, o eurodeputado André Franqueira Rodrigues criticou duramente a proposta orçamental apresentada pelo Comissário europeu da Agricultura e Alimentação, Christophe Hansen, denunciando “cortes superiores a dois dígitos na PAC” e alertando para as consequências no rendimento agrícola, na sobrevivência das explorações e na coesão territorial. “Não é possível dizermos aos agricultores que estamos ao seu lado e, ao mesmo tempo, aceitar um orçamento que fragiliza a coesão e cria rivalidades entre setores e territórios.”, afirmou o eurodeputado açoriano.
André Franqueira Rodrigues destacou ainda a urgência de respeitar as diferenças entre Estados-Membros e de proteger as Regiões Ultraperiféricas (RUP): “De si esperava mais. Esperava que explicasse por que razão abre caminho a 27 políticas diferentes, em que os mais ricos se adaptam e os outros ficam para trás; e que desse corpo ao apoio prometido às RUP e a territórios mais desfavorecidos.” André Franqueira Rodrigues lembrou ainda a importância de garantir maior flexibilidade para reforçar o POSEI com recursos adicionais, sempre que as circunstâncias o exijam, assegurando que as especificidades das Regiões Ultraperiféricas são respeitadas.
Uma PAC simples, justa e com futuro
Recordando que o Parlamento Europeu tem vindo a defender menos burocracia, regras mais claras e apoios mais justos para os agricultores, André Franqueira Rodrigues sublinhou que o futuro da PAC “não pode ser feito de cortes cegos”, mas sim de “regras simples, previsibilidade e financiamento adequado para garantir rendimento, investimento e renovação geracional no mundo rural”.
“A agricultura e o mundo rural não são figurantes nesta União. Sem um orçamento à altura, fecham-se explorações, perdem-se famílias e o interior continua a esvaziar-se”, concluiu.
Fonte: André Franqueira Rodrigues
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