A decisão sobre o prolongamento, por dez anos, da autorização de comercialização do glifosato na União Europeia (UE) foi adiada para novembro, após uma falta de maioria qualificada entre os Estados-membros a favor ou contra.
O executivo comunitário apresentou uma proposta para renovação da autorização do glifosato, um herbicida muito utilizado, até dezembro de 2033, baseando-se nas conclusões da Autoridade Europeia para a Segurança Alimentar, que em julho indicou não ter identificado “nenhuma área crítica de preocupação”.
A proposta de Bruxelas, em relação à qual os representantes dos 27 Estados-membros não conseguiram uma maioria qualificada nem contra nem a favor, prevê que o uso do glifosato deve ser acompanhado de “medidas que reduzam os riscos” nos arredores das áreas pulverizadas, com “atenção particular” aos efeitos indiretos no meio ambiente.
A maioria qualificada obtém-se com pelo menos 15 dos 27 Estados-membros representando pelo menos 65% da população da UE.
O relatório divulgado em julho pela agência da segurança alimentar define uma preocupação crítica como a que “afeta todas as utilizações propostas da substância ativa em avaliação”.
No entanto, o herbicida foi classificado em 2015 como cancerígeno pela Organização Mundial de Saúde.