A venda de galinhas e ovos tem-se revelado eficaz para melhorar a economia doméstica na Guiné-Bissau, com aumento dos rendimentos de pequenos produtores, segundo as conclusões de um programa da União Europeia divulgadas hoje.
A União Europeia tem em curso no país africano lusófono o programa Ianda Guiné, de apoio ao desenvolvimento e composto por várias ações em diferentes áreas, como a ação Ianda Guiné Galinhas para ajudar as famílias guineenses a aumentar rendimentos através da criação de galinhas.
Na sessão de encerramento da ação foram apresentados os principais resultados desta intervenção, “que representa os esforços da União Europeia, e dos seus parceiros, para apoiar empreendedores de diferentes regiões da Guiné-Bissau, no aumento dos seus rendimentos anuais, através da venda de galinhas e ovos”.
“A variação média de rendimentos dos produtores foi de 79%, entre 2019 e 2022, envolvendo pequenos empresários avícolas do Setor Autónomo de Bissau e das regiões de Bafatá, Biombo, Cacheu, Gabú e Oio”, revelam as conclusões.
Os responsáveis concluem que, “apesar da concorrência dos produtos importados, a venda de galinhas e, sobretudo, de ovos, têm-se revelado estratégias eficazes para melhorar a economia doméstica, sobretudo quando são associadas a outras fontes de renda, de caráter agrícola ou de outro setor”.
Além disso, acrescentam, “a iniciativa tem levado ao aumento do consumo de carne e ovos entre muitas famílias, contribuindo para a melhoria da dieta alimentar da população e para uma valorização da produção nacional”.
Os produtores apoiados por esta ação “beneficiaram de aves de raças adequadas e tiveram acompanhamento na implementação de práticas de alimentação que garantem a saúde e o bom crescimento das aves”.
Foram, também, “desenvolvidas infraestruturas de suporte que permitem um maneio eficiente dos animais, garantindo abrigo, alimentação, água e cuidados de saúde”.
Segundo os responsáveis, “através do Ianda Guiné Galinhas, a União Europeia tem atuado, de forma integrada, na cadeia de valor avícola na Guiné-Bissau, trabalhando junto de empresas sociais e comunitárias, na saúde animal e na promoção de feiras e do trabalho em rede”.
O projeto, financiado pela União Europeia, foi implementado pelas organizações não governamentais (ONG) Mani Tese, Instituto Marquês de Valle Flôr e Asas de Socorro, e pela Universidade de Turim.