Plantar 10 milhões de árvores de espécies autóctones, ou proteger um milhão de hectares de sistemas de produção agroflorestal em risco de despovoamento são propostas que a União da Floresta Mediterrânica quer ver consideradas na próxima legislatura.
A União da Floresta Mediterrânica (UNAC) enviou aos partidos políticos portugueses concorrentes às eleições legislativas de domingo um conjunto de 12 medidas que considera urgentes para a floresta em Portugal.
No documento, segundo informação enviada à agência Lusa, a UNAC pede que as medidas sejam consideradas para a próxima legislatura 2025-2029.
Uma das medidas propostas é a criação do Laboratório Nacional do Sobreiro e da Cortiça, com entidades públicas e privadas que possam concentrar esforços “no sentido de se perceber de uma vez por todas quais as causas e quais as medidas a tomar para contrariar o declínio dos montados”.
E outras são ainda a concretização e implementação dos Programas Nacionais do Sobreiro, Pinheiro Bravo e Eucalipto (negociados em 2023), o reforço e apoio ao setor associativo florestal e ao sistema de investimento florestal, e um programa nacional de promoção da segurança no espaço rural, combatendo os roubos de cortiça e da pinha.
A UNAC reúne as associações de produtores florestais dos espaços mediterrânicos, que ocupam cerca de dois milhões de hectares do território português, representando mais de 700.000 hectares de áreas agroflorestais e cerca de 1.200 produtores.
Também a propósito das eleições de domingo a Sociedade Ponto Verde (SPV) apresentou um manifesto aos partidos apontando caminhos para uma economia circular competitiva, pondo o país a cumprir as metas de reciclagem.
A SPV lançou um Manifesto pela Sustentabilidade, com propostas e desafios para a gestão dos resíduos e a reciclagem.
Segundo um comunicado da SPV a organização defendeu junto dos partidos a urgência de reduzir disparidades na transposição de diretivas europeias, garantindo maior segurança jurídica para todos os operadores do setor.
A SPV é uma instituição privada sem fins lucrativos que tem a responsabilidade pelo encaminhamento para reciclagem e valorização dos resíduos de embalagens que resultam do grande consumo.