A Câmara Municipal de Tábua, no distrito de Coimbra, informou hoje que foram destruídos, no concelho, 718 ninhos de vespa asiática desde 2018.
Desde 2018, no concelho de Tábua, o Serviço Municipal de Proteção Civil (SMPC) já colocou mais de mil armadilhas, sendo que “só em 2022, em conjunto com a Universidade de Coimbra (UC)”, foram instaladas “569 armadilhas (459 pelo SMPC, 110 pela UC), correspondendo a um total de 2.082 capturas de rainhas/fundadoras”, afirma a Câmara Municipal de Tábua, numa nota de imprensa enviada hoje à agência Lusa.
Considerando a quantidades de armadilhas distribuídas no concelho, a autarquia prevê uma “redução do número de ninhos de vespa velutina em 2022”.
A Comunidade Intermunicipal (CIM) da Região de Coimbra revelou na quarta-feira que 250 mil folhetos informativos vão ser distribuídos nas próximas semanas, no âmbito do combate à vespa velutina, também conhecida por vespa asiática, nos 19 municípios que a integram.
No âmbito do projeto “Deteção e combate à vespa velutina no território da CIM Região de Coimbra”, foram entregues na quarta-feira, equipamentos de deteção e combate a esta espécie de vespa às câmaras municipais.
O material entregue inclui equipamentos de injeção química de ninhos e de aplicação de inseticida, equipamentos de proteção individual (EPI), fatos de proteção e óculos de proteção, luvas de apicultor, podadores de altura, arcas de congelação, armadilhas e atrelados.
Na sessão de entrega dos equipamentos foi dado nota de que a campanha de sensibilização da população, incluindo a entrega dos folhetos, já começou em junho, com sessões de esclarecimento em Tábua e na Mealhada (distrito de Aveiro).
No âmbito deste projeto da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra, mais de 5.000 armadilhas já foram instaladas pela equipa de investigadores da UC nos 19 concelhos da CIM da Região.
A vespa velutina é uma espécie asiática que exerce uma ação destrutiva sobre as colmeias de abelhas melíferas e pode constituir perigo para a saúde pública.
Esta espécie de vespa predadora foi introduzida na Europa através do porto de Bordéus, em França, em 2004. Os primeiros indícios da sua presença em Portugal surgiram em 2011, mas a situação só se agravou a partir do final do ano seguinte.