O Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) registou o ano passado 412 denúncias relativas à defesa da floresta contra incêndios no distrito de Leiria, segundo informação da Guarda Nacional Republicana (GNR).
De acordo com o Comando Territorial de Leiria da GNR, no ano de 2023 foram recebidas 1.210 denúncias no âmbito da responsabilidade do SEPNA, mais que em 2022 (902 denúncias) e 2021 (1.056).
Fonte do SEPNA esclareceu que das 1.210 denúncias, 412 relacionam-se com a defesa da floresta contra incêndios, sobretudo relativas às faixas de gestão de combustível.
“As pessoas estão, cada vez mais, sensibilizadas quanto às exigências de limpeza de terrenos por parte dos proprietários”, afirmou a mesma fonte, esclarecendo que também auxiliam na “identificação dos proprietários, uma dificuldade reconhecida por todos”.
Neste aspeto, destacou também o Plano Integrado de Policiamento, Prevenção e Segurança do Comando Territorial de Leiria da GNR, estrutura móvel que se desloca às freguesias na qual os militares disponibilizam informação aos cidadãos e estes podem, além de efetuar denúncias, obter esclarecimentos sobre programas específicos, como “Floresta Segura”, “Escola Segura”, “Idosos em Segurança”, entre outros.
Já 132 denúncias dizem respeito a animais de companhia, incluindo com o eventual abandono, sendo que “o número relativo a casos de maus-tratos não é significativo”, referiu a fonte do SEPNA.
Ainda segundo o Comando Territorial de Leiria, em matéria de poluição foram levantados 93 autos de contraordenação, mas nenhum processo-crime, no ano passado, no distrito.
Segundo a GNR, em 2023, houve 59 denúncias relativas ao domínio hídrico, a leis sanitárias (27), a poluição da água (33), a poluição do solo (45), a área dos resíduos e outros (74) foram outras áreas em destaque.
“Importa referir que os concelhos de Leiria, Pombal e Caldas da Rainha são os concelhos onde se registaram um maior número de denúncias em 2023”, adiantou a GNR.
O abandono de resíduos em terrenos ou a deposição dos designados monos junto a contentores do lixo são aspetos que o SEPNA realçou.
À agência Lusa, a fonte do SEPNA disse que o aumento das denúncias decorre de uma “maior responsabilidade dos cidadãos relativamente ao ambiente”, assim como uma “maior consciencialização sobre esta temática”.
Por outro lado, sublinhou a sensibilização e a vigilância efetuada pelos militares da GNR.