A Kiwicoop, em parceria com a Câmara Municipal de Oliveira do Bairro, irá dinamizar a realização do seminário “Abacate – Sustentabilidade de um Setor em Expansão”, a ter lugar no próximo dia 12 de julho de 2024 na ExpoBairrada pelas 18h30.
Este evento pretende reunir produtores, técnicos, e todos os interessados no crescimento sustentável do setor do abacate na região Centro de Portugal. Esta iniciativa será uma oportunidade única para debater e conhecer melhor o setor do abacate, que se apresenta como uma cultura em expansão e de grande rentabilidade.
Dividido em três partes, o evento inicia com uma abordagem técnica sobre as tecnologias de produção, seguida por uma perspetiva comercial e, finalmente, uma discussão detalhada sobre o plano estratégico da Kiwicoop para a promoção da produção de abacate na região Centro.
A Kiwicoop visa acelerar o crescimento do território do abacate, alargando a produção a mais de uma dezena de concelhos do centro do país. O objetivo é que produtores de kiwi integrem também a produção de abacate, além de atrair novos produtores. A produção será distribuída territorialmente, evitando grandes áreas de monocultura, o que contribui para um impacto ambiental reduzido.
Nélio Marques, presidente da Kiwicoop, esclarece que esta iniciativa visa a “criação de mosaicos de produção para pequenos e microprodutores, não apostando, por isso, em gigantes áreas de monocultura, que como sabemos têm efeitos ambientais devastadores”. A produção de abacates é uma excelente aposta para terrenos fundiários e microfundiários, adaptando-se bem à agricultura familiar. Esta cultura, devido à sua grande rentabilidade, apresenta-se como uma oportunidade vantajosa para pequenos produtores, agricultores em regime part-time e pequenas explorações familiares.
O litoral da região centro de Portugal, caracterizada por uma abundância de água das precipitações e temperaturas mais amenas, oferece condições ideais para o cultivo do abacate, que nos moldes da pequena agricultura não representa qualquer risco ambiental. De acordo com informações da DGADR (Direção-Geral de Agricultura e Desenvolvimento Rural), esta cultura, quando explorada no centro do país, exige 2 aproximadamente 2/3 dos recursos hídricos necessários no sul do território nacional. Além disso, ao não ser produzida em regime de monocultura, a produção de abacate terá um impacto ambiental reduzido, promovendo assim uma agricultura mais sustentável.