Considerando os objetivos a que se propõem, o sucesso das ações de restauro pode ser avaliado através da medição de indicadores biológicos, ecológicos e geomorfológicos isolados ou recorrendo a uma abordagem holística, que combina indicadores capazes de avaliar as comunidades e os diversos estágios do ciclo de vida da sua biodiversidade, assim como as características do habitat, como a qualidade da água ou a morfologia do rio.
A aplicação de índices baseados na composição das comunidades de macroinvertebrados (moluscos, larvas de insetos, entre outros), ictiofauna (conjunto das espécies de peixes de uma dada região) e vegetação é, por isso, muito utilizada para avaliar a resposta às ações de restauro.
A quantificação das funções do ecossistema fluvial, como a respiração ou a fotossíntese, pode também ser utilizada para medir o sucesso do restauro. O mesmo acontece com a quantificação das mudanças hidrogeomorfológicas, através da medição da largura do leito do rio e da sua profundidade, pela quantificação dos tipos de habitat (zonas de remanso ou de águas calmas e zonas de corrente, áreas de deposição natural de sedimentos nas margens ou no leito, diversidade de abrigos para a fauna), o tipo de substrato (fino, como a areia e areão, ou grosseiro, como as pedras e rochas) e o seu transporte (criação de zonas de erosão ou sedimentação).
O artigo foi publicado originalmente em Florestas.pt.