O Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou recentemente como as remunerações variaram no segundo trimestre de 2023. Os agricultores viram o seu rendimento bruto total real (mede o poder de compra) descer 1,2% face ao período homólogo. A nível nominal, registou-se um crescimento de 3%, o segundo valor mais baixo das atividades analisadas.
Os valores contrastam com a situação geral nacional, na qual o salário nominal aumentou 6,7% e a remuneração real cresceu 2,4%. Pior que o setor agrícola esteve o setor da “eletricidade, gás, vapor, água quente e fria e ar frio” com uma queda da remuneração real de 4,3% e o setor das atividades financeiras e de seguros com uma descida da remuneração real de 0,7%. O da eletricidade foi até o único a registar uma queda a nível nominal, com uma descida de 0,2 face ao segundo trimestre de 2022.
Apesar disso, o setor agrícola continua a ser o mais mal remunerado. A nível nominal, a remuneração bruta total no setor da “Agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca” foi de 916 euros. Já a nível real, o valor foi de 766 euros. O número de trabalhadores no setor durante o segundo trimestre aumentou 8,9% para os 110,6 mil.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.