O presidente da Câmara da Guarda, Sérgio Costa, revelou hoje serem necessários dez milhões de euros (ME) para recuperar as infraestruturas danificadas pelos incêndios e pela intempérie do ano passado e metade terá de ser suportado pela autarquia.
“Ao todo estamos a falar em dez milhões de euros de investimento. Já está a ser feito no nosso mundo rural este ano e vai continuar a ser feito no próximo ano”, disse o autarca na sessão da Assembleia Municipal.
Sérgio Costa (Movimento pela Guarda) salientou que metade do investimento terá de ser suportado pela autarquia.
“Entre quatro e cinco milhões de euros, dependendo do que derem os concursos, terão de sair da tesouraria do município”.
“E se nós tivermos de contrair um empréstimo para fazer face a estas necessidades, naturalmente contamos com o voto de todos vós [deputados municipais] porque estamos a trabalhar para o bem-estar das nossas populações e para cumprirmos os contratos programa que foram assinados”, ressalvou.
As intervenções previstas pós-incêndios referem-se à recuperação dos pavimentos das estradas, condutas de água, sinalização rodoviária, reabilitação das linhas de água e recuperação das encostas.
Sérgio Costa, que intervinha na sessão de hoje da Assembleia Municipal da Guarda, precisou que há obras já em curso e que outras estão em fase de projeto.
As intervenções abrangem cerca de 20 freguesias do concelho, afetadas pelos incêndios do ano passado.
Em relação às intervenções relacionadas com o mau tempo de dezembro de 2022, essas visam sobretudo a recuperação de caminhos e a reabilitação de coberturas e janelas em vários edifícios municipais.
A Assembleia Municipal aprovou a primeira revisão da Estratégia Local de Habitação, que prevê o investimento de 22 ME para a recuperação de 74 imóveis para habitação social.
O documento foi aprovado por maioria, com as abstenções dos deputados municipais do Partido Socialista e da deputada do Bloco de Esquerda.
Os deputados aprovaram ainda um voto de louvor à Rádio Altitude, que está a comemorar 75 anos de existência na Guarda e um voto de pesar pelo falecimento do ex-jornalista da Lusa e investigador José Domingos, que morreu no final de agosto, tendo sido cumprido um minuto de silêncio.