A empresa de vinhos controlada pela família Silva Reis prepara novo “ciclo de investimentos” no Douro. Dona do Porca de Murça produz cinco milhões de garrafas por ano e faturou 28 milhões em 2022.
Depois de ter investido perto de 12 milhões de euros nos últimos cinco anos, o que incluiu a reestruturação de 130 hectares de vinha e a aquisição de 23 hectares de parcelas contíguas à Quinta das Carvalhas, a Real Companhia Velha (RCV) está agora num “ciclo de retração” para se preparar “para dentro de dois a três anos voltar a um ciclo de investimento” no Douro. Segundo adiantou ao ECO o presidente, Pedro Silva Reis, o “grande projeto dos próximos anos” será a construção de uma nova adega em Alijó, no distrito de Vila Real, no qual prevê investir “entre 10 e 15 milhões de euros”.
A elaboração dos projetos e dos estudos técnicos “ainda está em curso”, mas o empresário explica que a nova adega vai estar inserida na Quinta do Casal da Granja – comprada em 1968, possui atualmente uma área total de 100 hectares –, onde a dona das marcas Porca de Murça, Evel, Quinta de Aciprestes ou Quinta de Cidrô tem instalado o centro de vinificação, que recebe as uvas de todas as propriedades. “É uma adega dos anos 1980 e que está a pedir reforma, tal como eu”, graceja Pedro Silva Reis, que prevê dentro de cinco anos ceder as funções executivas à nova geração da família. Os dois filhos, Pedro e Tiago, estão na linha da frente para a sucessão.
O grande projeto dos próximos anos será uma nova adega em Alijó, inserida na Quinta do Casal da Granja. A atual é dos anos 1980 e está a pedir reforma, tal como eu [risos]. Está a ficar obsoleta para aquilo que são as ambições qualitativas, ecológicas e de sustentabilidade que a empresa projeta para o futuro.
“A adega teve investimentos e melhoramentos sucessivos, que foram acrescentando [capacidade], mas atualmente há soluções de automatismo que levam muito menos mão-de-obra e com mais eficiência energética. É toda uma instalação que, apesar das sucessivas melhorias, está a ficar obsoleta para aquilo que são as ambições qualitativas, ecológicas e de sustentabilidade que a empresa projeta para o futuro”, descreve o líder da mais antiga empresa portuguesa de vinhos, criada a 10 de setembro […]