Todos os que gostam de música, em especial de Blues, possivelmente já se confrontaram (ou foram confrontados) com este dilema … quem é melhor, o BB King ou o Eric Clapton? Na verdade, é uma pergunta descabida pois não se podem comparar dois nomes que ficarão marcados na história da música.
O mesmo despropósito deve ser aplicado à relação de importância entre a Agricultura (entendida como o conjunto de actividades rurais) e a conservação de recursos naturais. De uma forma geral podemos afirmar que nem os recursos naturais que temos hoje existiriam sem a actividade agro-silvo-pastoril, nem os sistemas agrícolas e florestais que temos hoje existiriam sem os recursos naturais que dispomos.
Por outras palavras, a actividade humana moldou e foi moldada pelos recursos disponíveis e as paisagens rurais que temos hoje são o resultado dessa convivência.
Esta complementaridade tem vindo a ser esquecida, com claro pendente desfavorável para as questões rurais. Em fases de mudanças de ciclo político nunca é demais lembrar a importância das actividades agropecuárias enquanto pilar da coesão social e territorial.
Contudo, e como seria de esperar, os impactos resultantes da actividade humana nem sempre foram positivos e potenciadores desses mesmo recursos. Foi por isso necessário adaptar essas técnicas às novas condições do meio e às novas exigências da sociedade. Essa adaptação é hoje fundamental para fazer frente ao Mundo Global e aos desafios resultantes de mudanças e alterações das condicionantes físicas, biológicas, climatéricas e de mercado.