Transição: os responsáveis pelas diversas áreas da bioeconomia florestal manifestam vontade de contribuir para a defesa dos ecossistemas naturais que albergam a produção, mas pedem mais condições para contribuir de forma efetiva
Nas palavras do reitor da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Emídio Gomes, a bioeconomia florestal e tudo o que engloba à sua volta assemelha-se a um “paradigma de opostos” entre a inovação e os obstáculos que subsistem. No entanto, um “caminho inevitável”, que trará uma “transformação profunda”. Mudanças que já estão a acontecer, garantem os responsáveis do sector e especialistas do mundo académico: “Estamos à beira de uma nova revolução, porque ela é necessária”, argumenta Adelaide Alves, que manifesta a ambição de “sermos realmente sustentáveis, não só pelo lado da inovação mas também pelo lado económico”. Para a diretora de R&D da Sonae Arauco, “a bioeconomia circular de base florestal tem grande potencial para contribuir para um projeto social inclusivo”, ao que acresce Portugal dispor “de poder de inovação”.
Na lógica de circularidade, Adelaide Alves garante que “o desperdício é a nossa matéria-prima”, lembrando “que a madeira é renovável e tem um potencial extraordinário para substituir no sector da construção diversos materiais de origem fóssil que são dos maiores emissores de CO2”. José Oliveira, diretor de Vendas, Marketing e Inovação da DS Smith Packaging, informa, por exemplo, que a sua empresa está “empenhada em desenvolver e produzir soluções mais circulares tendo por base os princípios de design circular”.
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