Dezenas de Agricultores do Vale do Pranto (Figueira da Foz) vão em Manifestação até ao Ministério do Ambiente, Sexta 24 de Março de 20223 a partir das 14H00 entre o Jardim do Príncipe Real e a sede do Ministério (Rua do Século), onde pelas 15H00 uma Delegação da ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra e da Junta de Freguesia do Alqueidão vai ser recebida em audiência.
Dada a ausência do Ministro e Secretário de Estado do Ambiente que estão fora do país, a Delegação será recebida pela Chefe de Gabinete e Adjunto do Secretário de Estado do Ambiente , Dra. Ana Luis Pimentel e Dr. João Ramos Assunção respetivamente.
Será entregue uma Exposição sobre a atual situação, abaixo resumida.
Os campos agrícolas do Vale do Pranto (Figueira da Foz) são um dos principais pontos de produção nacional de arroz, designadamente arroz carolino, com cerca de 2000 hectares.
Aliás o arroz produzido na Vale do Pranto é considerado o melhor carolino da Europa..
A falta de regularização das águas afeta gravemente a produção de arroz no Vale do Pranto.
É o caso da foz do Rio Pranto, que desagua no Rio Mondego, perto do Alqueidão, onde, quando há maré alta, e como a cota do afluente é mais baixa, as águas salgadas entram no Rio Pranto e afetam os campos de arroz.
Para obviar a essa situação, foram construídas há várias décadas as comportas da Maria da Mata e do Alvo perto da estação de bombagem no Alqueidão, que impediam a entrada das águas salgadas em caso de maré alta.
As comportas da Maria da Mata, deixaram de funcionar há quase 4 anos e as do Alvo embora funcionem estão de tal maneira deterioradas que deixam passar uma grande quantidade de água salgada.
Esta situação origina que águas salgadas se infiltrem nos campos, com o arroz na floração queimado pelo sal; com os produtores a perderam 25% e mais da sua produção anual, além dos atrasos que muitas vezes provoca na realização das culturas.
Os agricultores, não podem ficar á espera de um projeto para construir novas comportas daqui a 4 ou 5 anos, pois neste momento já estão a fazer a produção de arroz com prejuízo devido à baixa produtividade, com muitos a abandonarem a atividade.
É urgente que sejam realizadas de imediato as obras para a instalação de comportas no Rio Pranto, para impedir a entrada de água salgada naquele afluente do Rio Mondego, e posteriormente se infiltre nos campos de arroz.
Fonte: ADACO