O Presidente de Moçambique, Daniel Chapo, exigiu hoje mais produção agrícola para acabar com a importação de alimentos e tornar o país um exportador de produtos agrícolas.
“Vamos trabalhar para produzir comida e não importarmos. O Estado gasta muito dinheiro para importar arroz todos os anos e quando nós compramos arroz fora do país estamos a tirar o nosso dinheiro para dar a outros países”, disse o estadista à margem da entrega de regadios e insumos agrários a produtores no distrito de Guijá, na província de Gaza, sul de Moçambique.
Para Chapo, é necessário “produzir em quantidade” para reduzir a dependência e tornar Moçambique um exportador de produtos alimentares.
“Temos que chegar ao nível de produção em que vamos produzir comida e tal como os outros vendem para nós, sermos nós a vender para eles”, afirmou.
Chapo sublinhou que com a redução das importações de alimentos no país será possível “construir mais escolas e expandir a rede elétrica”, entre outros aspetos.
Em 16 de maio, Moçambique passou a contar com um sistema integrado de emissão de licenças e certificados fitossanitários para modernizar o comércio agrícola e reduzir os atrasos nas exportações e importações da produção no país.
“A introdução do sistema digitalizado de emissão de certificados fitossanitários (SELICEF) visa a facilitação do comércio através da redução do tempo de espera na tramitação dos documentos”, lê-se num comunicado do Ministério da Agricultura, Ambiente e Pescas, divulgado na altura.
A plataforma, financiada pelos Países Baixos e pela Irlanda, vai contribuir para a “transparência, eficiência e competitividade”, pelo facto de integrar outros sistemas, “como a Janela Única Eletrónica e o `EPHYTO´ da Convenção Internacional de Proteção de plantas”, avançou o documento.