Portugal detém a quarta maior plantação de oliveiras, pelo menos em área, da União Europeia. O terreno dedicado pelas empresas portuguesas às oliveiras corresponde a 7% do total dos 28 Estados-membros. Os dados foram divulgados esta sexta-feira, 1 de março, pelo Eurostat.
Ao todo, há 4,6 milhões de hectares na União Europeia dedicados às oliveiras. 55% desse valor corresponde à área de Espanha, que lidera de longe. Segue-se Itália com 23%. Juntas contabilizam mais de três quartos da área total dedicada às oliveiras na UE.
Os restantes Estados-membros com oliveiras (França, Croácia, Chipre e Eslovénia) são residuais nesta área, correspondendo juntos a 1%.
Olive trees cover 4.6 million hectares in the EU, out of which over three-quarters are in Spain (55%) and Italy (23%), followed by Greece (15%) and Portugal (7%).
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— EU_Eurostat (@EU_Eurostat) 1 de março de 2019
“As oliveiras são muito resistentes à seca, doenças e fogo e são conhecidas pela sua longevidade”, descreve o Eurostat, assinalando que a maior parte das oliveiras da União Europeia são velhas. Cerca de 2,5 milhões de hectares têm oliveiras com, pelo menos, 50 anos.
Segundo o gabinete de estatísticas europeu, 46% da área total tem 140 árvores por hectare, 48% tem plantações entre 140 e 399 árvores por hectare e a restante (5%) tem uma densidade superior a 400 árvores por hectare.
Em 2018, segundo o Instituto Nacional de Estatística, o volume de produção do azeite deverá ter crescido 8,7%. Apesar do maior volume, prevê-se que os preços no produtor tenham subido 0,3%.
O setor espera que a produção de azeite em Portugal na atual campanha – que se iniciou no final de outubro – seja superior às cerca de 120 mil toneladas registadas no ano passado. Contudo, as previsões agrícolas do INE reveladas a 19 de fevereiro ditam o contrário: a produção de azeitona para azeite deverá registar este ano uma quebra de 20% face à campanha anterior devido às condições meteorológicas adversas.
Ainda no início desta semana a Fitch reviu em alta a previsão de crescimento de Portugal tendo em conta, entre outros fatores, a dinâmica do setor agrícola. Segundo a agência de rating, este setor deverá ter uma oportunidade para “brilhar” nos próximos trimestres uma vez que há investimento direto estrangeiro a chegar à zona do Alqueva, o que também poderá ajudar as exportações.
Em causa está a região do Alentejo – e o projeto do Alqueva, uma “fonte de água fidedigna” – que se tornou o “ambiente ideal para crescer uma série de plantações, incluindo azeitonas e amêndoas”. “Os investidores estrangeiros estão a derramar capital na produção de amêndoas em particular”, destacava a nota da Fitch.