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– 21-02-2007 |
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Popula��es marinhas: Universidades portuguesas envolvidas em projecto mundialInvestigadores de duas universidades portuguesas estáo envolvidos num ambicioso esfor�o internacional para seguir os movimentos das especies marinhas e monitorizar os efeitos das altera��es clim�ticas nos oceanos através de sensores colocados no fundo do mar. No projecto, chamado Rede Oce�nica de detecção (OTN, acr�nimo para Ocean Tracking Network) e coordenado por Ron O’Dor, professor da Universidade de Dalhousie (Canad�), participam o Centro de Ci�ncias do Mar (CCMAR) da Universidade do Algarve e o Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos A�ores. Depois de uma fase de testes no oceano Pac�fico, esta rede de monitoriza��o vai agora expandir-se para o Atl�ntico, o Golfo do M�xico, o Mediterr�neo e o �rctico. O objectivo do OTN � instalar em cinco anos cerca de 5.000 "hidrofones" (receptores submarinos) e criar 60 linhas de detecção em 14 regi�es oce�nicas, capazes de monitorizar ao mesmo tempo até um milh�o de animais marinhos previamente marcados com chips transmissores – desde peixes a aves e a ursos polares – fornecendo dados sobre os seus movimentos, mas Também sobre temperatura e salinidade dos mares. O projecto partiu da necessidade de um maior conhecimento do interior dos oceanos, onde a sobreviv�ncia da vida marinha está a ser posta em causa pelo excesso de pesca e pelas altera��es clim�ticas. Segundo os cientistas, essa informação � ainda muito limitada, apesar da sobreviv�ncia humana estar directamente ligada � estabilidade da vida oce�nica. A participa��o da Universidade do Algarve prende-se com a posi��o estratégica da costa algarvia e do Estreito de Gibraltar para especies migratérias que entram e saem do Mediterr�neo, nomeadamente atuns, tartarugas e algumas especies de tubar�es. Consistirá por isso, basicamente, na coloca��o de hidrofones nos fundos do Estreito de Gibraltar e ao largo da costa algarvia para detectar a passagem de especies previamente marcadas, disse � agência Lusa Karim Erzini, membro do conselho cient�fico do projecto para o Atl�ntico Este e respons�vel pelo projecto na instituição. No caso do Atum Rabilho (Thunnus thynnus), por exemplo, uma esp�cie amea�ada de extin��o comercial, que desova no Mediterr�neo e tem corredores muito definidos perto da costa, a monitoriza��o dos seus movimentos permitirá conhecer melhor os padr�es migratérios, a expansão, a distribui��o e a mortalidade das popula��es – explicou. O Centro de Ci�ncias do Mar foi convidado para o projecto por estar h� v�rios anos a desenvolver estudos de telemetria ac�stica e marca��o de peixes na zona costeira algarvia e na ria Formosa. Karim Erzini, um marroquino doutorado em oceanografia biol�gica nos Estados Unidos e radicado h� anos em Portugal, disse estar prevista para Março uma reuni�o no Algarve com o coordenador do OTN, Ron O’Dor, e com o director do Instituto de Pescas de Marrocos para tratar da instala��o de hidrofones no Estreito de Gibraltar. Quanto � participa��o do Departamento de Oceanografia e Pescas da Universidade dos A�ores, com sede na Horta (Faial), trata-se de instalar "barreiras de hidrofones" em locais estratégicos do Atl�ntico para monitorizar a passagem de atuns, tubar�es, focas e cet�ceos, entre outros, explicou � Lusa o investigador Pedro Afonso. O objectivo, assinalou, � "dar uma nova dimensão ao conhecimento sobre as grandes migra��es dos predadores de topo, através da montagem de um sistema de monitoriza��o a longo prazo das desloca��es desses animais". O envolvimento dos A�ores no projecto deve-se � sua posi��o estratégica impar no Atl�ntico para estudar aqueles organismos e a sua rela��o com as altera��es clim�ticas, j� que muitas destas especies utilizam o arquip�lago como ponto de passagem, alimenta��o ou reprodu��o nas suas migra��es de larga escala – acrescentou. Para Pedro Afonso, "o OTN � mais um passo para afirmar a regi�o dos A�ores como p�lo internacional de investiga��o sobre questáes globais do oceano". O OTN resulta da fusão de dois programas que nos �ltimos anos funcionaram em fase experimental na costa do Pac�fico dos Estados Unidos e do Canad� para seguimento de várias especies marinhas, desde salm�es até grandes predadores, através da instala��o de hidrofones e da marca��o dos peixes. O primeiro deles, o POST (Pacific Ocean Shelf Tracking), que cobriu uma área de 1.750 quil�metros, revelou as rotas seguidas pelos salm�es jovens que nascem nos rios canadianos e norte-americanos e se deslocam para o oceano Pac�fico para viver a sua fase adulta. No segundo, o TOPP (Tagging of Pacific Pelagics), baseou-se no seguimento por satélite dos sinais de marcadores colocados em milhares de exemplares de 21 especies de grandes animais marinhos. Para expandir a rede a 14 regi�es oce�nicas, a Universidade de Dalhousie acaba de receber 26,6 milhões de euros (40 milhões de d�lares canadianos) do governo de Otava. além de Portugal e do Canad�, participam neste programa os Estados Unidos, M�xico, Espanha, Isl�ndia, Noruega, �frica do Sul, Austr�lia, Nova Zel�ndia e Jap�o.
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