Quebra das vendas e dos preços, falta de mão de obra e mais custos de produção levam associações a pedir ajudas adicionais
Três organizações de produtores de pequenos frutos – Lusomorango, MadreFruta e AHSA (Associação dos Horticultores, Fruticultores e Floricultores dos Concelhos de Odemira e Aljezur) – apontam para a necessidade de o setor poder aproveitar os trabalhadores em e recém-desempregados, para fazer face às exigências das colheitas que se aproximam.
Os três organismos dirigiram um novo apelo aos ministros da Economia, do Trabalho e da Agricultura, face à “rápida deterioração das condições da sua atividade empresarial”.
Queixam-se da “quebra de vendas; redução do preço médio dos produtos em 40%; aumento dos custos de produção; subida dos custos de transporte e logística e falta de mão de obra”.
Juntas, estas três Organizações de Produtores (OP) de Pequenos Frutos representam, em termos anuais, 140 milhões de euros de volume de negócios e 120 milhões de euros de exportações. Em termos de emprego, respondem por cerca de cinco mil postos de trabalho, mais de metade permanentes.
Em carta enviada aos governantes, as OP deram a conhecer as dificuldades no terreno e sugerirem medidas adicionais de apoio ao setor hortofrutícola e dos pequenos frutos, em particular. Só desta forma, garantem, conseguirão “assegurar a atividade e o emprego”.
Entre as medidas complementares sugeridas, constam a eliminação por 6 meses da TSU ou o adiamento do pagamento de IRC para as empresas do setor. Mas, sobretudo, pedem que sejam implementados mecanismos de retirada de produto do mercado, “de forma a adequar e a regular a oferta à procura – uma possibilidade que a regulamentação comunitária já contempla para outras frutas, como pera, melancia ou tomate, mas que não está prevista para pequenos frutos (framboesas, morangos, amoras, mirtilos)”.