O secretário-geral do PCP reiterou hoje o empenho do seu partido em responder aos problemas dos bombeiros, depois de o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses ter pedido que os políticos para reconhecerem o papel central desempenhado por aqueles profissionais.
Em declarações na sede nacional do PCP após uma reunião com uma delegação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Paulo Raimundo salientou que o seu partido tem apresentado “um conjunto de propostas” legislativas para responder aos problemas dos bombeiros.
“Essas propostas não têm sido aprovadas, mas o facto de não terem sido aprovadas não lhes retira a validade, a justeza e, portanto, da nossa parte, continuaremos empenhados na sua concretização”, garantiu o líder do PCP.
Paulo Raimundo assegurou que o PCP também está empenhado na “concretização de um conjunto de respostas que é necessário dar” para “valorizar” e “dar condições” aos “homens e mulheres que dão corpo ao corpo de bombeiros”.
Intervindo antes do líder comunista, o presidente da LBP, António Nunes, reconheceu que o PCP “tem sempre acompanhado” as “preocupações dos bombeiros portugueses”, inclusive “com propostas na Assembleia da República”.
António Nunes referiu que essas preocupações “são fundamentalmente causas que têm a ver com a sociedade”, salientando que essa profissão só existe “porque existem cidadãos que, muitas vezes, necessitam” do seu apoio.
“É isso que nós gostaríamos de ver reconhecido por todos os partidos com assento parlamentar, por toda a sociedade civil, pelos autarcas, de que os bombeiros são agentes insubstituíveis da proteção civil”, sublinhou.
O presidente da LBP defendeu que, quando há “corpos de bombeiros e associações humanitárias que não estão satisfeitas, quer pelas questões financeiras, quer pelas questões laborais”, é o dever da sociedade “solicitar aos agentes políticos que intervenham”.
“Temos o dever de solicitar aos agentes políticas que intervenham para que seja resposta aquilo que é a vontade, eu diria, das sociedades de ter bombeiros qualificados, capazes e de continuarem a fazer tudo para que, nos momentos mais difíceis da vida das pessoas, das sociedades, estejam presentes, como os bombeiros fazem há mais de 600 anos”, sublinhou.
Sobre o encontro com a delegação do PCP, António Nunes sublinhou que a LBP transmitiu ao partido “três ou quatro grande questões” sobre a situação dos bombeiros, começando por destacar o que se prende “com a contratação dos bombeiros, sejam eles dentro dos corpos de bombeiros voluntários, sejam dos bombeiros profissionais”.
Por outro lado, a LBP transmitiu também ao PCP, segundo António Nunes, preocupação com a “subsistência das associações humanitárias”, mas também com a “organização dos bombeiros e a falta de um comando nacional de bombeiros”.
Por sua vez, Paulo Raimundo disse partilhar “o diagnóstico” feito pela LBP e assinalou que, durante o encontro, o PCP obteve “um conjunto de informação com grande significado” relativo à “vida dos bombeiros, das associações humanitárias, do socorro em Portugal”.