A eurodeputada Portuguesa Isabel Carvalhais é a responsável pelo relatório sobre o futuro das zonas rurais que é discutido esta segunda-feira em sessão plenária. O documento salienta que, “apesar dos seus pontos fortes, as zonas rurais, em particular as remotas e menos desenvolvidas, enfrentam desafios significativos que ainda não foram resolvidos”.
O Parlamento Europeu quer dar uma voz mais ativa aos cidadãos que vivem nas zonas rurais mais remotas e desfavorecidas da União Europeia.
Para isso vai discutir e aprovar um relatório sobre o futuro das zonas rurais, no qual saúda a visão a longo prazo da Comissão Europeia para o espaço rural destacando a criação de um mecanismo de comprovação da inclusão das necessidades do mundo rural na definição de políticas públicas.
A eurodeputada portuguesa Isabel Carvalhais, eleita pelo PS, é a relatora do documento e refere que as pessoas que vivem nestes espaços devem ser ouvidas e valorizadas. Isabel Carvalhais diz que as pessoas se sentem pouco envolvidas na decisão políticas dos projetos a desenvolver nas regiões rurais, montanhosas e periféricas.
“As zonas rurais da UE são um aspeto essencial do modo de vida europeu e vitais para o funcionamento económico, social e ambiental da nossa sociedade. Abrigam 137 milhões de pessoas, 30,6 por cento da população da UE, mas cobrem cerca de 83 por cento da área total da UE”.A eurodeputada reforça que é importante perceber o que as comunidades querem, como trabalham no terreno e que projetos querem ver desenvolvidos nas áreas onde vivem.
A diferenciação de políticas especificas, adequadas a cada região, é um dos caminhos para melhor responder aos interesses das populações.
“É preciso sair do nível macro, importante para o desenho de políticas públicas, para perceber as necessidades concretas no terreno. Porque não há apenas um mundo rural. Há vários mundos rurais diferentes entre países e até dentro do mesmo país”, refere a eurodeputada.
Isabel Carvalhais dá um exemplo: “Um jovem agricultor provavelmente terá interesses de formação mais próximos da sua realidade de trabalho, e não terá, para efeitos de formação interesse concreto em biologia marinha. Mas um jovem que vive numa zona piscatória na qual o pai até tem um pequeno barco, terá maior interesse na […]