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– 12-03-2004 |
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Oliveiras portuguesas "milen�rias" d�o volta ao mundoOliveiras portuguesas "milen�rias" estáo a ser exportadas para viveiros franceses, espanh�is e até chineses onde estas �rvores fortemente ligadas � hist�ria e � cultura de toda a bacia do Mediterr�neo chegam a atingir pre�os superiores a 30.000 euros. "Portugal � um dos poucos países "mediterrúnicos" a ter ainda uma reserva significativa de �rvores com várias centenas de anos", explicou � agência Lusa Pedro Ruiz, director da Eurobonsai – Oliveiras Milen�rias, especializada no transplante e exportação de �rvores. A mecaniza��o sistem�tica dos olivais na maior parte dos países produtores de azeite e azeitonas, que não se verificou � mesma escala em Portugal, implicou o arranque das oliveiras mais velhas que não podem ser "sacudidas" na altura da apanha dos frutos, como se processa actualmente. Por outro lado, Portugal escapou �s vagas de frio mort�feras, como a que se verificou na Fran�a em Fevereiro de 1956, quando centenas de milhares de �rvores morreram, levando os agricultores a optar pelo arranque dos cepos em vez de esperar que renascessem. A oliveira � com efeito uma �rvore "eterna", ou quase. Dotada de uma extraordin�ria capacidade de regenera��o, pensa-se que pode viver mil ou dois mil anos: novas �rvores renascem de cepos v�rios vezes centen�rios que se v�o tornando "imortais". Esta caracterástica dificulta bastante a determina��o da idade. "não h� an�is [um anel representando um ano na vida de uma �rvore numa sec��o de tronco], não h� carbono 14, temos portanto de recorrer a elementos exteriores: anota��es hist�ricas, legendas, romarias, a pr�pria implantação da �rvore ao p� de determinada capela ou igrejinha", esclarece Pedro Ruiz. Lembra a hist�ria da Oliveira da Nossa Senhora das Candeias, uma �rvore enorme que segundo a lenda ficou partida em cinco por um raio, suposto castigo divino, porque a popula��o da aldeia não tinha, como era tradi��o, fornecido o �leo para as candeias da igreja. Foi uma das �rvores centen�rias transplantadas em 2001, para Mora, na altura da constru��o da barragem do Alqueva, no per�metro da qual se encontrava. Tais �rvores, carregadas de hist�ria, são Também procuradas pela sua beleza. Esculturas vivas – mudando com a passagem das esta��es – de tamanhos e formas diversas, retorcidas, muitas vezes ocas, crescendo por fora e por dentro, são – segundo Pedro Ruiz – como "antiguidades" da natureza. E como tal, são Também tratados de forma especial. "são todas diferentes. O ideal � portanto, serem os nossos clientes a escolher" explica. Para seleccionar as doze oliveiras várias vezes centen�rias que em Agosto de 2003 partiram para a China, a respons�vel de um viveiro de Hong Kong, passou um m�s no Alentejo (e prometeu voltar). Estes exemplares com uma idade entre 500 e 800 anos, rigorosamente podados e preparados, para aguentar, em quatro contentores, uma viagem de barco de um m�s, chegaram l�… com folhas. As oliveiras t�m uma extraordin�ria capacidade de adapta��o – aguentam transplantes sucessivos, quando são arrancadas com um m�nimo de cuidado, com m�quinas especialmente concebidas para o efeito, sublinha o director da Eurobonsai. Os jardins botúnicos procuram Também estas �rvores. Uma das oliveiras centen�rias do Alqueva seguiu para o Jardim Botúnico da Funda��o Berardo na Madeira. O jardim botúnico de Almemdralejo (Espanha) adquiriu uma gigantesca oliveira origin�ria da regi�o de Estremoz. �rvores como estas chegam a pesar 14 toneladas e a atingir mais de seis metros de altura: transplante e transporte implicam portanto meios importantes. No caso dos exemplares excepcionais, o transplante s� se faz uma vez encontrado o cliente. A Eurobonsai tem um stock "no terreno": �rvores para as quais foram pedidas licen�as de abate mas que podem ser salvas, caso se encontre um interessado. Nestes casos estabelece-se uma esp�cie de reserva, e procede-se � poda, para apresentação in loco do exemplar ao potencial cliente, pois tais �rvores, j� sem função produtiva, deixadas ao abandono acabam por desaparecer sob a sua pr�pria vegeta��o. Em Abril, quatro destas oliveiras "milen�rias" seráo apresentadas na Feira internacional de Angers, pelo viveirista franc�s da regi�o de Marselha com o qual a Eurobonsai tem um contrato de exclusividade. Estas �rvores não voltar�o. Como as outras adquiridas por viveiros estrangeiros acabar�o nos jardins de alguma mansão, acompanhadas por um certificado de origem da Eurobonsai, garantindo nomeadamente que estas oliveiras iriam ser abatidas para lenha. A par deste stock, obviamente limitado e não renov�vel, a Eurobonsai tem viveiros em Moura e Estremoz com �rvores de várias idades. Permite-lhe responder a uma procura crescente para campos de golfe, empreendimentos tur�sticos ou projectos urban�sticos, onde esta �rvore b�blica e resistente � cada vez mais utilizada. Criada em 1999, em associa��o com uma empresa espanhola de "engenharia verde" ACYCSA, a Eurobonsai foi uma das quatro empresas encarregues do transplante de oliveiras da Barragem do Alqueva organizado pelo EDIA (Empresa de Desenvolvimento e Infraestruturas do Alqueva.
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