A área global de culturas geneticamente modificadas atingiu 202,2 milhões, o que representa um aumento de 3,3%. Os países que contribuíram para este aumento foram o Brasil, Austrália, Índia, Paraguai e África do Sul.
Segundo dados do último relatório anual da AgrobioInvestor, 27 países cultivaram sementes geneticamente modificadas no ano de 2022. Os Estados Unidos mantiveram a sua posição de liderança no ranking mundial de culturas GM, com 74,47 milhões de hectares plantados, embora tenham registado uma queda de 1% em relação a 2021.
A soja continua a ser a cultura GM mais cultivada, com 98,9 milhões de hectares em 2022, representando 48,9% de todas as culturas GM cultivadas a nível mundial. Os países com maior crescimento no cultivo de sementes GM foram a Austrália (+74,6%), Vietname (+60,7%), Honduras (+36,8%) e Uruguai (+15,3%). E as culturas com maior taxa de adoção foram o algodão (80,4%), a soja (73,7%), o milho (32,9%) e a beterraba (11,4%).
A União Europeia permanence com a menor área de culturas GM do mundo, com 71.112 hectares em 2022. Embora muitos países europeus tenham historicamente cultivado milho Bt (França, Alemanha, Polónia, Roménia, República Checa e Eslováquia), atualmente apenas Portugal e Espanha o fazem. O país da UE com a maior área de culturas GM é Espanha, onde 95,1% das regiões produtoras de milho cultiva milho Bt.
Portugal produz milho Bt desde 2005, tendo atualmente 2.287,36 hectares. A maior área encontra-se no Alentejo.
Veja aqui o relatório da AgrobioInvestor, publicado em Maio de 2023.
O artigo foi publicado originalmente em CiB - Centro de Informação de Biotecnologia.