António Nunes, economista com uma longa carreira na alta burocracia do Estado, é o representante dos patrões dos bombeiros, dito de outra maneira, é o Presidente da Liga dos Bombeiros de Portugal.
Apesar da sua formação em economia, António Nunes assegura que “temos vindo a dizer que nós também temos que olhar para a floresta do ponto de vista ambiental, em primeiro lugar, do ponto de vista ambiental, e não do ponto de vista económico da rentabilidade da , e por isso precisamos que os nossos bombeiros tenham capacidade para actuar de imediato, assim que há uma ignição, para que não haja áreas ardidas“.
Sempre que vou começar a irritar-me por ouvir o representante dos patrões dos bombeiros dizer barbaridades destas (o que inclui a citação que dá título ao post) lembro-me de onde reencontrei um antigo professor de história do ensino secundário, que conheci como autarca há muitos anos e que deve saber tanto de fogos como eu sei de lagares de azeite: era o director da escola nacional de bombeiros que a Liga dos Bombeiros de Portugal gere com o dinheiro dos contribuintes.
E o mundo recompõem-se e volta a fazer sentido.
O artigo foi publicado originalmente em Corta-fitas.