A Navigator, produtora de pasta e papel de Setúbal, ultrapassou o arrendamento de 1.000 hectares de terras na Galiza no ano passado.
Segundo o Jornal de Negócios, o mercado espanhol assegura-lhe já 13% da madeira.
Com este arrendamento de 1.000 hectares de terras na Galiza, em Espanha, a Navigator duplica os 500 hectares de área que tinha arrendada no país vizinho em 2019 para cultivar eucalipto e suprir necessidades de matéria-prima.
No relatório e contas de 2020, que vai submeter à assembleia-geral anual de 11 de maio, o grupo liderado por António Redondo reconhece que a pandemia “gerou dificuldades contratuais, devido aos consequentes confinamentos” na atividade de arrendamento de terras. Mas frisa que “apesar destes impactos e de uma maior concorrência por arrendamento de terras para outros usos do solo, globalmente os resultados foram atingidos”, tendo o grupo passado a gerir, no final do ano passado, cerca de 108 milhares de hectares distribuídos em Portugal continental, Açores e Espanha, em cerca de 1.300 unidades de gestão em 173 municípios em Portugal, e 12 unidades de gestão distribuídas por 12 municípios na Galiza.
Segundo a Navigator, no ano passado, do total da madeira utilizada na sua produção, 16% tiveram origem em matas próprias, 61% no mercado nacional, 13% no mercado espanhol e 10% na importação extraibérica, principalmente do Brasil e Uruguai, “com custo acrescido ao nacional por razões de transporte”, refere.
O artigo foi publicado originalmente em Tribuna Alentejo.