O secretário-geral da CAP não poupa o partido de Inês Sousa Real, para o qual ‘a vida do caracol, do cão ou da vaca é igual à vida do homem’.
Luís Mira considera que, nas eleições de domingo, ‘ficou claro que o povo português não apoia estes modelos de sociedade e que não podem, como é o caso do PAN, com 50 mil votos querer condicionar 10 milhões de habitantes’. E defende que ‘não é possível termos um país sem vacas, ovelhas, cabras ou porcos’, dizendo que não se trata apenas de uma questão alimentar, mas também de uma questão de ordenamento do território.
Ficou surpreendido com os resultados eleitorais?
A palavra é surpresa. Ninguém estava à espera deste resultado, mas é uma vitória inequívoca do PS e vai proporcionar estabilidade para os próximos quatro anos. O PS só depende de si próprio, não precisa de fazer concessões a ninguém, o que são condições ótimas para realizar determinadas reformas, para dar o rumo que o país necessita, não só para crescer em termos económicos, mas também para executar os fundos comunitários nos próximos quatro anos. Se escolher para ministros pessoas com capacidade técnica, e se escolher os melhores, o desempenho pode ser bom. No entanto, se a escolha recair em pessoas mais fáceis, então isso vai trazer graves problemas, como aqueles a que assistimos nos últimos anos.