Ministra da Coesão Territorial anunciou que o Governo se encontra a estudar as formas de apoio às pessoas e empresas afetadas
O levantamento dos prejuízos causados pelo incêndio de Odemira, no distrito de Beja, vai ser feito até 12 de setembro, enquanto o Governo decide os apoios a conceder, anunciou a Ministra da Coesão Territorial.
“É o tempo de fazer o levantamento rigoroso dos prejuízos e irmos recebendo informação e planeando os apoios”, afirmou a ministra Ana Abrunhosa, em declarações aos jornalistas em São Miguel, na freguesia de São Teotónio, Odemira.
A governante falava após uma reunião, que se realizou no domingo, dia 13, com dirigentes de associações e autarcas deste território sobre os danos provocados pelo fogo.
Ana Abrunhosa adiantou que uma nova reunião ficou agendada para 12 de setembro, também no concelho de Odemira, referindo que nessa altura já haverá “dados definitivos dos prejuízos e, provavelmente, até já uma ideia dos apoios concretos”.
“Quando criamos as medidas de apoio, temos que ter um levantamento fidedigno de prejuízos”, pois “os apoios são dinheiro dos nossos impostos e nós também temos que prestar contas”, salientou.
Reconhecendo que “as pessoas sofreram” com o incêndio e que “têm pressa em ser ajudadas”, Ana Abrunhosa alertou que o Governo não pode criar medidas de apoio “como se tivesse recursos ilimitados e sem saber o que está em causa”.
Agricultura e Economia reunira-se com associações
No dia 11, a Ministra da Agricultura reuniu-se com agricultores afetados por este fogo e anunciou que o Governo vai disponibilizar um apoio financeiro aos agricultores que ficaram sem alimentação para os animais devido ao incêndio.
“Vamos disponibilizar um apoio imediato para fazer face à aquisição de alimentos para animais. É um apoio financeiro que será dado à cabeça”, revelou Maria do Céu Antunes.
A governante realçou também que, no final da época de incêndios, o Governo vai abrir uma medida extraordinária, com verbas do Programa de Desenvolvimento Rural, para apoiar os agricultores que perderam infraestruturas com os fogos.
Também o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços visitou nesse dia Odemira para ouvir os empresários e associações locais de desenvolvimento turístico e compreender o impacto dos incêndios na atividade.
Sobre eventuais apoios a conceder, Nuno Fazenda afirmou este é o momento de ouvir os empresários afetados e apurar os danos para depois se poder desenhar “os instrumentos mais adequados para dar resposta ao turismo do concelho e da região”.
O incêndio deflagrou a 5 de agosto e foi dado como dominado no dia 9. Começou na zona de Baiona, na freguesia de São Teotónio, concelho de Odemira, e entrou nos concelhos algarvios de Monchique e Aljezur.
Fonte: Governo