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– 12-03-2008 |
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Leite: Portugal corre o risco de deixar de ser um país produtor de leite, alertam produtoresPortugal poder� correr o risco de deixar de ser um país produtor de leite se a União Europeia (UE) terminar com o sistema de quotas leiteiras em 2015, alertaram hoje os produtores de leite portugueses. O Parlamento Europeu aprovou hoje uma proposta apresentada em Dezembro pela Comissão Europeia de aumento de dois por cento nas quotas leiteiras para a campanha 2008/09, que come�a a 01 de Abril. Para Portugal, este aumento significa que o país poder� aumentar voluntariamente a sua produ��o de leite em 38.971 toneladas, para um total de 1.987.521 toneladas. Ora este aumento, de acordo com o sector, não reproduzirá qualquer efeito no incentivo � produ��o de leite em Portugal, servindo apenas os interesses dos grandes produtores, como a Alemanha, a Holanda ou a Inglaterra que "inundar�o" a restante Europa, incluindo Portugal, com o seu produto. Em declarações � agência Lusa, o membro respons�vel pela fileira na Confedera��o dos Agricultores de Portugal (CAP), Jos� Oliveira, defendeu que o sistema de quotas "protege todos os países produtores de leite" e a sua aboli��o, prevista para 2015, poder� significar "o fim da produ��o" em Portugal. Exemplo dos perigos do aumento hoje aprovado, Jos� Oliveira (que preside � Leicar – Associa��o dos Produtores de Leite e Carne) cita o caso do recente aumento da produ��o em Fran�a, que dever� em breve traduzir-se numa quebra de quatro a seis por cento do pre�o do litro de leite em Portugal. "O governo franc�s deu autoriza��o aos produtores para aumentarem a produ��o, por pressão da ind�stria, o que resultou numa pressão muito grande em escoar este leite, designadamente para Espanha e Portugal", explicou � Lusa. De acordo com os dados da CAP, na campanha de 2005/06 cerca de 2.625 produtores abandonaram o sector e na última (2006/07) foram mais 2.000 a faz�-lo, o que torna a situa��o do sector "muito complicada". "� preciso que Portugal segure as quotas porque o seu fim significar� a selva", frisou o membro da Confedera��o Nacional de Agricultura (CNA), Jo�o Dinis. Segundo este respons�vel, � preciso estimular a produ��o com outro tipo de medidas e as pol�ticas públicas não o t�m feito. "O que tem havido � incentivos para os pequenos produtores abandonarem a produ��o. Em 12 anos, de 80 mil passamos a ter 12.000. As pol�ticas foram neste sentido e a produ��o de leite diminuiu drasticamente, com os custos associados � produ��o por sua vez a aumentarem brutalmente", disse � Lusa Jo�o Dinis. Como exemplos de apoios públicos ao sector, o presidente da CNA defendeu uma esp�cie de "quota regionalizada" para a recolha do leite nas zonas centro e interior do país e fora dos centros produtivos. "A balan�a de pagamentos agro-alimentar de Portugal tem um d�fice/ano de 3 mil milhões de euros ao ano, quantos anos mais o país vai aguentar isto", questionou. Na mesma linha, o secret�rio-geral da Federa��o Nacional das Cooperativas de Leite e Lactic�nios (Fenalac), Fernando Cardoso, lembrou que não � "por via administrativa" que Portugal irá conseguir aumentar a produ��o leiteira, até porque o país nem tem cumprido a quota nacional. No entanto, o aumento das quotas hoje aprovado pelo Parlamento Europeu pode trazer associado "outro tipo de perigos" e servir os interesses dos países do Norte da Europa, que lutam pela liberaliza��o do sector. Relativamente � situa��o dos A�ores – onde os produtores asseguram ter capacidade para aumentar a sua produ��o anual até �s 700 mil toneladas sem impacto ambiental e por isso defendem o aumento das quotas – a CAP alertou para o facto de a regi�o poder ficar, a prazo, com dificuldades de escoar o seu produto. "Embora os custos de produ��o nos A�ores sejam inferiores aos do continente, se come�arem a produzir mais leite do que aquele que � necess�rio, o pre�o do leite terá Também que baixar", afianãou Jos� Oliveira, da CAP. "� um erro os A�ores reclamarem pelo aumento das quotas porque a produ��o em Portugal está estabilizada e controlada, com os produtores a ganhar dinheiro, mas se aumentar haver�, necessariamente, dificuldades na escoamento do leite", concluiu. Depois, notou Também o presidente da CNA, o governo regional dos A�ores, ao resgatar, como está a fazer, as quotas leiteiras aos pequenos produtores, corre o risco de ficar com um problema social. "O que v�o fazer com estes pequenos produtores? Onde iráo trabalhar?", questionou.
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