Os partidos da oposição desconfiam da eficácia da medida e sublinha que nos últimos meses o PS tem votado contra esta proposta.
A proposta de IVA zero para 44 alimentos esteve esta quarta-feira em debate no Parlamento. Os partidos da oposição desconfiam da eficácia da medida e sublinha que nos últimos meses o PS tem votado contra esta proposta.
O PSD avisa que não é aos produtores e distribuidores a quem “vamos pedir contas”, mas ao Governo, que aponta como responsável.
André Ventura acrescenta que nos últimos meses o PS votou contra o IVA zero cinco vezes e que agora quer ser “o autor da medida”.
Em resposta ao líder do Chega, o secretário de Estado Adjunto, António Mendonça Mendes, acusa Ventura de “gritar muito” e refere que “quem grita, não tem razão”.
No Parlamento, a Iniciativa Liberal reforça as dificuldades pelas quais a sociedade está atualmente a atravessar.
“Hoje, em vez dos novos ricos, nós temos os novos pobres, pessoas que muitas vezes, apesar de terem educação superior, apesar de virem de famílias de classe média, têm uma enorme dificuldade em manter sequer vida de classe média. Estão condenadas a viver episodicamente de ajudas do estado”, afirma Carlos Guimarães Pinto.
Seguindo a lógica da contradição, Catarina Martins acusa o Governo de “desdizer tudo o que disse até há poucas semanas”.
Por outro lado, o PCP questionou o Governo se vai avançar com medidas de recuperação de poder de compra dos portugueses ou se vai manter a mesma postura, “em que quem tem lucrado com toda esta situação é quem vai continuar a negociar”.
Rui Tavares, do Livre, perguntou o motivo pela mudança de opiniões quanto a esta proposta.
“Se passou a acreditar entretanto ou se dizia na altura que não acreditava, mas achava que a medida era cara”.
O PAN denuncia que há três dimensões que “ficaram de fora de forma incompreensível”.