Globalmente, outubro de 2025 foi 0.70°C mais quente do que a média no período de 1991-2020, com uma temperatura média do ar à superfície de 15.14 °C (Fig.1), sendo o 3.º outubro mais quente de que há registos.
O mês registou uma temperatura de 1.55°C acima da média estimada para o período de 1850-1900 (nível pré-industrial). Este foi o primeiro mês com temperatura acima de 1.50°C desde abril de 2025.
Europa
A temperatura média do ar na Europa em outubro foi de 10.19°C, +0.60°C acima da média no período de 1991-2020.
Na Europa foram registadas temperaturas acima da média na Fennoscândia e no sul da Península Ibérica. Temperaturas abaixo da média foram observadas principalmente no sudeste europeu.
Em relação à precipitação, outubro foi mais chuvoso do que a média no Sudeste da Europa, especialmente nos Balcãs, afetando a Bulgária, o Sul da Roménia, a Sérvia, a Bósnia-Herzegovina, a Grécia e a costa ocidental da Turquia. Condições mais secas do que a média foram observadas na maior parte da Península Ibérica, no norte de Itália, na Islândia e no nordeste da Europa.
Portugal continental
O mês de outubro de 2025 classificou-se como muito quente em relação à temperatura média do ar e seco em relação à precipitação (Fig.2).
Temperatura do ar:
• Foi o 2.º outubro mais quente desde 1931, com uma média da temperatura média do ar, 19°C, +2.21°C acima do valor normal 1991-2020.
• O valor médio de temperatura mínima, 13.42 °C, foi o 6.º mais alto desde 1931, com uma anomalia de +1.80 °C em relação ao valor normal; O valor médio de temperatura máxima, 24.57 °C, foi 2.61 °C superior ao valor normal.
• Durante o mês destacam-se valores de temperatura (máxima, média e mínima) sempre acima do valor médio mensal, até dia 19 na temperatura máxima e até dia 25 na temperatura mínima.
• Onda de calor no período de 10 a 19, em cerca de 60% das estações meteorológicas, abrangendo as regiões Norte, Centro e Alto Alentejo.
• Na temperatura mínima salienta-se o período de 19 a 24 de outubro, com desvios superiores a 3°C; neste período foram registados novos extremos do maior valor da temperatura mínima em Portel e Mértola.
Precipitação:
• Total de precipitação de 86.4 mm, correspondendo a 79% do valor médio 1991-2020.
• Durante o mês destacam-se os valores elevados de precipitação diária nos dias 28 e 29 na região de Lisboa e do Algarve e no dia 31 na região litoral Norte e região Centro. Registados quatro novos extremos do maior valor de precipitação no dia 29.
• Seca meteorológica: diminuição na região Norte e Centro e agravamento da intensidade nas regiões Centro-Sul e Sul. A 31 de outubro 66% do território estava em seca meteorológica fraca a severa.
Notícia anterior – Análise preliminar | 7 de novembro de 2025
O resumo do Boletim Climatológico do mês de outubro de 2025, para Portugal continental, corresponde a uma análise preliminar dos dados disponíveis, até à data da publicação.
Outubro de 2025 classificou-se como muito quente e seco.
Temperatura do ar
• Foi o 2.º outubro mais quente desde 1931, com uma média da temperatura média do ar, 19.00 °C, 2.21°C superior ao valor normal 1991-2020.
• O valor médio de temperatura máxima, 24.57 °C, foi o 4.º mais alto desde 1931, com uma anomalia de +2.61 °C em relação ao valor normal.
• O valor médio de temperatura mínima, 13.42 °C, foi o 6.º mais alto desde 1931, 1.80 °C superior ao valor normal.
• Durante o mês ocorreu uma onda de calor (10 a 19 de outubro) em cerca de 60% das estações meteorológicas analisadas, abrangendo as regiões Norte, Centro e Alto Alentejo.
• Registaram-se dois novos extremos do maior valor da temperatura mínima do ar em Portel e Mértola.
Precipitação
• Total de precipitação mensal em outubro inferior ao normal, correspondendo a 79% do valor médio no período 1991-2020.
• Destacam-se os valores elevados de precipitação diária que ocorreram nos dias 28 e 29 na região de Lisboa e do Algarve e no dia 31 na região litoral Norte e região Centro.
• No dia 29 de outubro foram registados quatro novos extremos do maior valor de precipitação diária em Cabo Raso, Dois Portos, Barreiro e Santa Cruz.
O artigo foi publicado originalmente em IPMA.
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