Investigadores do laboratório do centro de inovação ArrudaLab estão a estudar os solos para ajudar agricultores do concelho de Arruda dos Vinhos, tendo já concluído que “existe um equilíbrio das capacidades dos solos em função da necessidade das culturas”.
“Numa primeira abordagem, o balanço é positivo. Existe um equilíbrio das capacidades dos solos em função da necessidade das culturas”, disse Filipe Martins, especialista em biotecnologia, na apresentação dos primeiros resultados do estudo do solo do concelho de Arruda dos Vinho, no distrito de Lisboa, que decorreu hoje.
Iniciado em setembro, o estudo tem como objetivo “procurar respostas científicas para ajudar os agricultores a tomar decisões” e vai desenvolver-se durante cerca de dois anos.
“Conhecer o local importa para perceberem a cultura que melhor funciona”, frisou o investigador do ArrudaLab, recordando que as principais preocupações dos agricultores transmitidas se prendem com as perdas de produtividade ou dificuldades de produzir determinada cultura.
Os investigadores estão a fazer o mapeamento digital das propriedades dos solos, recorrendo à deteção remota através de satélite e ‘drones’, e a recolher amostras do solo para serem sujeitas a análises físico-químicas e microbiológicas em laboratório.
Os resultados obtidos vão contribuir para uma base de dados dos solos mais abrangente, para identificar as necessidades nutricionais das culturas, ajustar as práticas à realidade e tornar os recursos mais sustentáveis.
Os investigadores do laboratório colaborativo vão também prestar apoio técnico aos agricultores.
O laboratório do ArrudaLab é gerido sob a coordenação da Academia ‘Food4Sustanability’.
O ‘ArrudaLab’, que possui também espaços de incubação para empresas, foi inaugurado há um ano no antigo edifício dos Paços do Concelho, após obras de requalificação, e representa um investimento de cerca de um milhão de euros.