O incêndio que afeta o Fundão, no distrito de Castelo Branco, continua com vários pontos críticos e uma situação “muito instável”, afirmou o presidente do município, que lamentou a falta de meios no terreno.
O incêndio que deflagrou na quarta-feira em Arganil e que afeta o Fundão apresenta hoje, às 12:00, várias frentes ativas naquele concelho, entre as quais uma que se estende de Vale D’Urso até ao cimo da Serra da Gardunha e outra próxima de Paradanta, numa zona de fronteira entre aquele concelho e Castelo Branco, disse à agência Lusa o presidente da Câmara Municipal, Paulo Fernandes, dando nota ainda de uma frente junto a Castelejo.
“Estamos a ter reacendimentos, num perímetro de incêndio que tem mais de 40 quilómetros”, notou.
Fernandes disse acreditar que essa problemática irá agravar-se com o avançar do dia e o aumento da temperatura.
Para Paulo Fernandes, “a situação é muito grave”, com vários pontos críticos num fogo “muito longe de estar controlado”.
Segundo o autarca, a noite ajudou a reduzir alguns pontos críticos, mas não o suficiente, dando nota de falta de capacidade instalada para atacar o incêndio.
Com um perímetro de incêndio tão grande, o município apenas dispõe de uma máquina de rasto e os meios aéreos têm tido dificuldade em operar no território face ao fumo presente, explicou.
“Esse é o nosso principal problema. Para uma área tão grande, temos, neste momento, uma máquina [de rasto] em operação”, disse.
Este incêndio que deflagrou na quarta-feira, em Arganil, já se estendeu também aos concelhos de Pampilhosa da Serra e Oliveira do Hospital (distrito de Coimbra), Seia (Guarda) e Covilhã e Castelo Branco (Castelo Branco).