Cinco meios aéreos, 45 equipas, 45 veículos e 201 operacionais integram em permanência o dispositivo de combate a incêndios no distrito de Portalegre na fase Delta, a “mais musculada”, revelou hoje a Proteção Civil.
Na fase Delta de combate aos incêndios florestais, entre 01 de julho e 30 de setembro, este distrito alentejano poderá depois contar com um reforço referente aos corpos de bombeiros, podendo passar para 259 elementos, 77 equipas e 77 veículos.
“Este reforço não pertence a uma escala diária, em permanência, são equipas, elementos de sala, de apoio às operações”, explicou à agência Lusa o comandante Sub-Regional de Emergência e Proteção Civil do Alto Alentejo, Rui Conchinha, à margem da apresentação do Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para o ano em curso.
Este ano mudou o critério de contabilização dos operacionais envolvidos no combate aos incêndios rurais, não sendo por isso possível fazer uma comparação com 2024.
De acordo com a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, a Diretiva Operacional Nacional (DON) deste ano “deixou de contemplar os meios e recursos afetos à vigilância e deteção, os quais são objeto de diretiva própria da responsabilidade da Guarda Nacional Republicana”, tendo também sido “alterado o critério de apresentação dos meios (humanos e materiais)”.
Rui Conchinha acrescentou ainda em relação a esta matéria que a apresentação dos meios “foi ajustada” para mostrar “apenas os efetivos no momento”, e que implica uma redução no período Delta, “de cerca de 350 elementos e 100 veículos” das principais forças operacionais.
Integram ainda este ano o dispositivo, entre outros, a Força Especial de Proteção Civil (FEPC), que vai estar presente na fase Delta com duas equipas, com 10 elementos, auxiliados por dois veículos, e a Unidade de Emergência de Proteção de Socorro (UEPS) da GNR, com quatro equipas, 17 elementos e quatro veículos.
Segundo o comandante sub-regional, vão também operar equipas de Meios de Gestão de Fogo Rurais do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), com 23 equipas, 108 elementos, 24 veículos e 10 máquinas de rasto.
Ainda no mesmo período, o DECIR no distrito de Portalegre vai contar com nove elementos divididos por três equipas da AFOCELCA – Agrupamento Complementar de Empresas de Proteção Contra Incêndios.
No que diz respeito aos cinco meios aéreos, Rui Conchinha indicou que vai contar com um helicóptero de ataque inicial em Portalegre, um helicóptero de coordenação também em Portalegre e, depois, em Ponte de Sor, com dois aviões bombardeiros médios e um avião de avaliação.
Para Rui Conchinha, este dispositivo “é o adequado”, entre a disponibilidade dos corpos de bombeiros e a disponibilidade financeira para os potenciar.
“Felizmente, aquilo que tem sido a disponibilidade financeira tem sido quanto baste para aquilo que é a disponibilidade dos corpos de bombeiros. Inclusive, consegue-se sempre aproveitar a disponibilidade suplementar que vai surgindo ao longo do dispositivo por parte dos corpos de bombeiros”, concluiu.