O presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais considera que as alterações no Governo não vão ter interferência na próxima época de incêndios, que está a ser preparada, já que o sistema trabalha “de forma autónoma”.
“Não se antecipa que venha trazer grandes mudanças do ponto de vista do calendário ou do ponto de vista da preparação da campanha, que segue uma dimensão técnica. Não há muita política aqui”, disse à Lusa Tiago Oliveira, quando questionado se a tomada de posse do novo Governo numa altura em que está a ser preparada a época de incêndios pode ter alguma influência no dispositivo de combate e de prevenção.
O presidente da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), que é tutelada pelo primeiro-ministro, precisou que a agência já tinha previsto desde outubro o lançamento da campanha “Portugal Chama”, mas aguardaram pelo fim do período eleitoral para a sua apresentação.
O mesmo responsável considerou que, do ponto de vista político, “as instituições que fazem parte do sistema de gestão integrada de fogos rurais trabalham de uma forma autónoma e independente” com o foco no resultado de reduzir o número de incêndios.
“O poder político que aí virá, se calhar, vai dar novas orientações, não sei, mas este tem sido o caminho que temos procurado fazer. Daquilo que eu tenho acompanhado, e nós temos a coordenação estratégica, temos feito tudo. A campanha está no ar a horas certas, de acordo com o que estava no calendário”, disse.
Tiago Oliveira explicou que o calendário certo de apresentação da campanha “é agora”, tendo em conta que é nesta altura que “as pessoas se preocupam em limpar o mato à volta das casas”.
“Os produtos da comunicação vão sair no tempo certo. Sabemos também que há um processo em curso na contratação dos meios aéreos”, disse ainda.