Depois de em janeiro de 2018 se ter tornado proprietária em Portugal do parque eólico do Pisco, na região da Guarda, com 25 turbinas, 50 MW de capacidade instalada e uma produtividade anual de 156 GWh, o equivalente à eletricidade consumida por cerca de 115 mil portugueses e o suficiente para evitar a emissão para a atmosfera de 52 toneladas de dióxido de carbono, a IKEA anunciou agora que vai deixar de vender artigos de plástico descartável nas suas lojas.
Em substituição, a cadeia sueca vai passar a vender palhinhas, copos e pratos de papel proveniente de florestas geridas de forma sustentável a sua gama de decoração para a casa, bem como talheres (garfos, colheres e facas) produzidos a partir de madeira obtida de forma responsável, informou a empresa em comunicado.
O objetivo é a eliminação progressiva dos produtos de uso único em plástico de toda a gama IKEA, e a nível global. “A partir deste momento, todos os artigos de utilização única — como palhinhas, talheres, copos e pratos em plástico descartável – deixam de ser vendidos e são substituídos por soluções feitas a partir de fontes 100% renováveis. Os materiais plásticos disponíveis nos restaurantes, bistros e cafés IKEA estão a ser substituídos por alternativas descartáveis mais sustentáveis”, lê-se no mesmo comunicado.
Ana Barbosa, responsável pela área de sustentabilidade da IKEA Portugal, sublinhou ainda: “Queremos ter um impacto positivo não só nas pessoas, mas também no nosso planeta. E, por isso, temos uma preocupação permanente com o ambiente. Desta forma, eliminar o plástico descartável da nossa gama de decoração em casa e dos nossos restaurantes, cafés e bistros, é um passo importante para ajudar os nossos clientes e a nossa empresa a contribuir para um mundo sem desperdício”.
Em paralelo, como parte da sua estratégia global de sustentabilidade — Pessoas Positivas, Planeta Positivo — “a IKEA ambiciona, até 2030, que todo o plástico usado na sua gama de artigos seja feito com materiais renováveis ou reciclados. A ambição é contribuir para um mundo sem desperdício e ajudar as pessoas a fazerem escolhas mais sustentáveis em suas casas”.
Atualmente, mais de 60% da gama de produtos IKEA já é feita a partir de materiais renováveis e, até 2030, a cadeia sueca tem como objetivo terminar com a dependência de matérias-primas fósseis.
A nível global, a empresa comprometeu-se com a aplicação de 1,7 mil milhões de euros em energias renováveis, com investimentos em energia eólica no Canadá, Suécia, Dinamarca, França, Alemanha, Finlândia, Polónia, Estados Unidos, Reino Unido, Irlanda, Lituânia, Bélgica e Portugal. Ao todo são 441 turbinas eólicas que têm como objetivo produzir tanta energia renovável quanto a energia consumida pelas operações do Grupo Ikea.
Além disso, o investimento do grupo em energias renováveis concretizou-se, nos últimos anos, pela instalação de mais de 11 000 painéis solares fotovoltaicos na cobertura das suas lojas em edifício próprio – Alfragide, Matosinhos, Loures e Loulé. Com este projeto, 98% da energia produzida pelos painéis solares é incorporada pelas unidades de retalho, representando 25% do total da energia consumida por cada loja.
No total, a IKEA Portugal emprega cerca de 2.500 colaboradores e recebe cerca de 16,7 milhões de visitas anualmente nas lojas físicas e 34 milhões online.