Distribuição alimentar contesta legitimidade e fórmula de cálculo da taxa sobre lucros extraordinários, mas ainda está a analisar com juristas se há matéria para avançar para tribunal.
“OGoverno resolveu penalizar quem leva as más notícias” sobre o aumento dos preços, reagiu Gonçalo Lobo Xavier, diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), à nova taxa sobre lucros extraordinários sobre o retalho alimentar. A entidade que representa cadeias como o Continente ou o Pingo Doce, está “atenta” e a “analisar com juristas” se há matéria para avançar para uma contestação na Justiça. A windfall tax incide sobre 15 dos 60 associados de retalho alimentar da APED.
Gonçalo Lobo Xavier contesta a ideia de que o setor está a gozar de lucros extraordinários, referindo que toda a cadeia de produção está a sofrer aumento de custos e que o setor de distribuição não está a passar a totalidade desse aumento de custos para os clientes. “Não passamos todo o aumento de custos para o consumidor. Ao cliente chega apenas 35% do aumento de custos”, diz em declarações ao ECO.
A associação que representa a grande distribuição questiona a legitimidade do argumento do fim a que se destina o novo imposto: apoiar a “população mais vulnerável (…) através do setor social”, segundo a justificação da proposta de lei.
“Não […]