Governo : O regresso de Arlindo Cunha, com a BSE e a PAC na mem?ria

Arlindo Marques da Cunha nasceu em 1950 em São João da Boavista, Tábua, licenciou-se em economia pela Universidade do Porto em 1975, e fez depois um mestrado em economia agrária no Reino Unido.

Da sua carreira política destacam-se os lugares de secretário de Estado do Desenvolvimento Agrário (1986), secretário de Estado adjunto do ministro da Agricultura, Pescas e Alimentação (1987) e duas vezes ministro da Agricultura (1990 e 1994).

Abandonou esta última pasta antes do fim da legislatura, para ir para o Parlamento Europeu (PE), como relator para as questões da PAC.

No final do ano passado, assumiu o cargo de director da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) do Norte.

Durante a sua governação, no segundo e terceiro governos de Cavaco Silva, foi acusado de esconder a dimensão da doença das vacas loucas, o que acabou por não ser totalmente esclarecido.

Também como ministro da Agricultura, Arlindo Cunha foi alvo de polémica por ter realizado a primeira reforma da PAC, considerada por uns "a sentença de morte da agricultura portuguesa" e por outros "a bandeira da presidência portuguesa" da Comunidade Económica Europeia, em 1992.

O primeiro-ministro, Durão Barroso, substituiu quinta-feira passada Amílcar Theias por Arlindo Cunha no cargo de ministro das Cidades, Ordenamento do Território e Ambiente.

Arlindo Cunha é o terceiro ministro das Cidades e Ambiente do governo de Durão Barroso, depois de Isaltino Morais e Amílcar Theias.