O ministro da Agricultura reconheceu hoje que “há espaço para melhorias” no que diz respeito à Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia (UE) para os próximos anos, nomeadamente o rendimento dos agricultores.
“Há espaço para melhorias e nós queremos utilizar esse espaço”, disse José Manuel Fernandes, em Bruxelas, quando ainda estava a decorrer uma reunião ministerial para discutir, entre outros temas, a PAC.
Entre as melhorias que José Manuel Fernandes quer ver inscritas na política agrícola do bloco comunitário entre 2028 e 2034 está o “rendimento do agricultor”: “Continuamos a insistir que o modelo [apresentado] não é o melhor, que o montante deve ser reforçado”.
O ministro da Agricultura insistiu que a PAC necessita de um orçamento “forte e adequado” e que uma dotação mais robusta é impossível de dissociar da intenção de reforçar as capacidades de segurança e militares dos países da UE, elaborando que a segurança alimentar e o incentivo à renovação geracional de agricultores faz parte desse desígnio da União Europeia.
Em simultâneo, o governante português e ex-eurodeputado advogou que é necessário investir na investigação direcionada para a agricultura, advertindo que só assim é possível debelar os efeitos das alterações climáticas.
“É um processo negocial longo, é uma maratona, não são os 100 metros”, comentou José Manuel Fernandes, considerando que na negociação das últimas alterações ao orçamento da UE a longo prazo “não havia margem nenhuma para aumentar” e no final “foram mais 16 mil milhões de euros”.
“Podemos melhorar o envelope financeiro”, completou.












































