O presidente do Governo da Madeira, Miguel Albuquerque, disse hoje que a produção de banana deve ser “maximizada” com recurso a novas tecnologias, salientando que o próximo quadro comunitário prevê apoios nesse sentido.
“O que estamos a fazer é preparar o setor para os jovens empresários poderem abalançar esta atividade e isso só vai acontecer se a produção for tecnologicamente avançada, que diminua o esforço físico e que traga compensação financeira para quem investe”, disse.
O chefe do executivo madeirense (PSD/CDS-PP) falava no decurso de uma visita ao novo Centro de Banana da Madeira, no concelho da Ponta do Sol, zona oeste da ilha, uma das áreas de maior produção daquele fruto.
Miguel Albuquerque afirmou que o setor “é rentável” e indicou que o próximo quadro comunitário vai financiar projetos no sentido de melhorar a qualidade da banana e facilitar o seu transporte através das plantações, a maioria em socalcos.
“A Europa consome sete milhões de toneladas de banana [por ano] e nós produzimos à volta de 20 mil toneladas”, disse, reforçando: “Isso significa que temos uma produção residual face à banana que vem da América Latina e a nossa banana tem de ser defendida pela qualidade.”
O novo Centro de Banana da Madeira representou um investimento de três milhões de euros da Secretaria Regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural e está dotado de uma zona de exposição permanente (núcleo museológico), bem como de departamentos de Investigação e de Qualidade e de Apoio ao Produtor e Formação.
Para além do edifício, o projeto inclui infraestruturas visitáveis através de um caminho agrícola, entre as quais campos de cultivo, viveiros de plantas, zonas de despenca, maturação e refrigeração da banana, bem como o sistema de transporte dos cachos por cabo aéreo e um edifício com bar e loja para venda de ‘merchandising’.
A bananeira é uma das culturas agrícolas mais representativas da Madeira e com grande importância socioeconómica, ambiental e paisagística.