Diretor-geral da associação das empresas de distribuição avisa que preços de algumas matérias-primas, como os cereais, continuam pressionados, e que a seca “vai criar muitos problemas na cadeia de valor”.
A Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) faz um balanço positivo do IVA zero e acredita que a medida acordada entre governo, distribuição e produção e que entrou em vigor no dia 18 de abril, deveria ser prolongada para além de outubro, mês em que termina. Gonçalo Lobo Xavier diz que o setor conseguiu crescer de forma sustentada em 2022, mas admite que “tem tido muita dificuldade em recrutar pessoas”.
Como tem corrido a implementação do IVA zero? Pode fazer um balanço da medida?
É muito importante que se diga que o IVA Zero está a correr bem para o país, para os consumidores, para as famílias e os resultados falam por si. Nós tivemos os dados mais recentes, na reunião desta segunda-feira com as entidades que assinaram o pacto -o Governo, a APED e a CAP, tivemos dados oficiais da ASAE- e houve uma descida dos preços médios no cabaz de quase 10%. Isto significa que a medida do IVA Zero é um sucesso, que atingiu os seus objetivos? Do ponto de vista da APED temos que dizer que foi um sucesso, porque nós cumprimos integralmente aquilo que nos propuseram.
Pediram-nos que baixássemos o IVA de 6% para 0%, e em dois ou três casos de 23% para 0%, em milhares de bens. Porque o que cabaz são 46 produtos, mas são milhares de referências nas nossas lojas. Nós cumprimos, desde o dia 18 (de abril), escrupulosamente o que que nos foi pedido e também promovemos e fizemos campanhas à volta do cabaz de produtos.
Isto é um resultado muito satisfatório para nós, que nos deixa muito orgulhosos da nossa capacidade de responder a um pedido e, no seu conjunto, estes 10% de média de descida do IVA deste cabaz revela que a medida está a ir no bom caminho.
Nós sabemos que uma parte importante do pacto, que era o pagamento das ajudas aos agricultores, está a correr finalmente bem. Foram avançados […]
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