Uma equipa de investigadores da Universidade de Nebraska–Lincoln descobriu os genes que permitiram ao milho adaptar-se a climas temperados. Os cientistas esperam que auxilie no desenvolvimento de novas colheitas adaptadas a condições climáticas extremas.
Segundo explicado em comunicado, a equipa mediu a expressão de dez mil genes nas raízes de centenas de tipos diferentes de milho. Foram identificados um conjunto de genes cujos níveis de expressão eram variáveis e geneticamente controlados em diferentes variedades de milho em climas tropicais, mas que tinham uma expressão muito consistente em variedades de milho em climas temperados.
A investigação ligou o grupo de genes às regiões do genoma do milho visadas pela seleção à medida que a colheita se adaptou ao clima temperado. Foi ainda possível ligar estes genes a mudanças específicas nas propriedades do milho, incluindo quando o milho dá flor, que o ajudariam a prosperar em novos ambientes.
“Uma das coisas mais interessantes que descobrimos foi que medir a expressão genética nas raízes nos permite identificar genes que controlam as propriedades de qualquer parte da planta de milho”, disse um dos autores do estudo, James Schnable.
“A nossa pesquisa descobriu que medir a expressão genética nas raízes de plantas jovens pode identificar genes que controlam o tempo de floração em plantas adultas. Nós até identificamos um gene que controla se os grãos de milho são brancos ou amarelos”, apontou.
O estudo foi publicado na revista científica Genome Biology.
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.