Para assinalar o Dia da Floresta Autóctone, que se comemora a 23 de novembro, a Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra (ESAC-IPC) recebeu os alunos do Curso Profissional de Técnico de Recursos Florestais e Ambientais da Escola Secundária D. Duarte (Coimbra).
Durante a sua visita à ESAC, os alunos aprenderam com a Professora Filomena Gomes os motivos pelos quais se devem plantar as árvores em Portugal nesta altura do ano, em que as condições climatéricas são mais favoráveis para o efeito (já depois das primeiras chuvas intensas terem reposto a necessária humidade no solo), nomeadamente por permitir às árvores terem mais tempo para desenvolverem as suas raízes e assim melhor sobreviverem aos verões, cada vez mais secos e longos.
Já o Professor Joaquim Sande Silva explicou-lhes em que consiste a Silvicultura Preventiva e falou-lhes das técnicas utilizadas, as quais permitem prevenir os incêndios e, simultaneamente, prevenir a invasão de espécies exóticas e garantir estabilidade e biodiversidade nos sistemas florestais. Resumidamente, a Silvicultura Preventiva baseia-se na utilização da regeneração natural das espécies arbóreas nativas e utiliza técnicas simples de controlo da vegetação arbustiva e arbórea, de modo a favorecer os indivíduos com melhores características de crescimento para conseguir um coberto de copas denso e afastado da superfície do solo. Trata-se, assim, de ajudar a natureza a acelerar um pouco o processo de sucessão ecológica, com vista a obter sistemas mais estáveis, mais diversos e mais resistentes a processos de degradação ecológica. Por último, fez-lhes uma visita guiada à área de demonstração existente no Campus da ESAC.
A visita dos alunos culminou com a plantação de uma árvore autóctone na ESAC: um carvalho.
Recorde-se que a efeméride tem como principal objetivo sensibilizar para a importância da Floresta Autóctone, constituída por árvores de espécies originárias do nosso território, de crescimento tipicamente mais lento do que as espécies introduzidas, resistentes a longos períodos de seca com temperaturas elevadas e resilientes aos incêndios. É também importante lembrar que nos encontramos em plena década do restauro dos ecossistemas, decretada pelas Nações Unidas, com vista melhorar a saúde dos ecossistemas nativos do Planeta.
Fonte: ESAC