A candidatura do PAN às legislativas da Madeira defendeu hoje a realização de um estudo para avaliar o impacto das alterações climáticas na produção de plantas nativas da região e sublinhou a importância de projetos de proteção da biodiversidade.
“Não basta criar os projetos e usá-los como selo ambiental, é necessário haver investimento de modo a fazê-los crescer e garantir que possuem o que é necessário para alcançar os objetivos traçados”, disse a cabeça de lista.
Mónica Freitas falava após uma visita ao Viveiro Florestal da Matur, em Machico, zona leste da Madeira, no âmbito da campanha para as eleições regionais de domingo.
A candidata, que é assistente social de profissão e se estreia nas lides políticas e eleitorais nestas regionais, considerou que aquele é um “projeto válido” e destacou o “investimento gradual na melhoria das estruturas”, bem como na “preservação das espécies nativas da região”.
“Por outro lado, também percebemos que as limitações e as problemáticas vão ao encontro daquilo que são as bandeiras do PAN, nomeadamente com as questões das alterações climáticas, que estão a ter um impacto na plantação destas espécies e no desenvolvimento e crescimento das mesmas”, alertou, para logo afirmar ser necessário efetuar estudos a curto, médio e longo prazo para avaliar a gestação das plantas.
A candidatura do Pessoas-Animais-Natureza (PAN) destacou a importância de projetos como o Viveiro Florestal da Matur na defesa e proteção da biodiversidade, mas advertiu para a necessidade de trabalhar na sua manutenção e preservação.
O PAN defende incentivos para os proprietários e residentes que mantenham arvoredo nos seus terrenos e quer que se crie um catálogo de identificação de espécies arbóreas em formato digital.
O partido também propõe que as empresas que efetuam trabalhos na área de jardinagem tenham pessoal contratado com formação em biologia, engenharia agrónoma e consultoria botânica ou experiência comprovada, que deve ser validada pelas autoridades regionais do ambiente ou da agricultura.
Esta é a 4.ª vez que o PAN concorre a eleições legislativas regionais na Madeira. Na primeira vez a que se submeteu a votos, em 2011, alcançou um mandato, mas nas seguintes falhou a conquista de representação no parlamento regional.
As legislativas da Madeira decorrem em 24 de setembro, com 13 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.
PTP, JPP, BE, PS, Chega, RIR, MPT, ADN, PSD/CDS-PP (coligação Somos Madeira), PAN, Livre, CDU (PCP/PEV) e IL são as forças políticas que se apresentam a votos.
Nas anteriores regionais, em 2019, os sociais-democratas elegeram 21 deputados, perdendo pela primeira vez a maioria absoluta que detinham desde 1976, e formaram um governo de coligação com o CDS-PP (três deputados). O PS alcançou 19 mandatos, o JPP três e a CDU um.