Apesar da melhoria da situação em Portugal, o Edital nº19 da DGAV recomenda que se mantenha a vigilância, uma vez que o vírus pode manter-se, ainda que em menor grau, na população das aves selvagens estivais e residentes.
A partir do final do mês de Abril de 2022 verificou-se uma melhoria gradual da situação epidemiológica da Gripe Aviária de Alta Patogenicidade (GAAP), nomeadamente uma diminuição acentuada do número de focos de doença notificados no território da União Europeia.
No entanto, apesar da melhoria da situação epidemiológica da doença, habitual nesta época do ano, é improvável que a circulação de vírus da GAAP tenha cessado por completo, podendo manter-se, ainda que em menor grau, na população das aves selvagens estivais e residentes.
Assim, considerando que o fator de risco mais importante para a ocorrência desta doença nas aves domésticas é o contacto direto ou indireto com aves selvagens, a implementação e o cumprimento estrito de medidas rigorosas e adequadas de biossegurança, incluindo procedimentos de higiene de instalações, equipamentos e materiais e o controlo dos acessos aos estabelecimentos onde são mantidas as aves, permanece imprescindível para a salvaguarda da saúde e bem-estar das mesmas.
Esta é uma doença de declaração obrigatória e qualquer suspeita da mesma deverá ser imediatamente comunicada à DGAV. A deteção precoce de focos de infeção é absolutamente essencial para a rápida e eficaz implementação das medidas de controlo da doença no terreno destinadas a evitar a sua disseminação, minimizando assim as perdas para o setor de produção avícola
O artigo foi publicado originalmente em CAP.