Estima-se que a população mundial deverá atingir em 2050 cerca de 9,6 mil milhões de pessoas. Segundo a FAO (Food and Agriculture Organization), para responder à crescente demanda de alimentos, seria necessário pelo menos duplicar, se não triplicar, a produção agrícola nos próximos anos. Em contrapartida, dados da FAO também indicam que 1/3 de todo o alimento produzido atualmente a nível mundial é perdido ou desperdiçado. Assim, o grande desafio para atender à necessidade de alimentos não passará só por produzir mais, mas também por proteger o que é produzido e diminuir as perdas, para desta forma não pressionar ainda mais os recursos naturais.
Neste sentido, a abordagem mais sustentável a longo prazo para garantir a oferta de alimentos, assenta na melhor preservação do que é produzido, e é neste ponto que a pós-colheita tem um papel fundamental. Nos últimos anos, novos desafios foram identificados para o setor da pós-colheita, onde é preciso reforçar as linhas de investigação. Entre estes podemos mencionar: o desenvolvimento de biofungicidas, a redução de fisiopatias, as alterações climáticas e as tecnologias não-destrutivas.
DESENVOLVIMENTO DE BIOFUNGICIDAS
As perdas causadas por doenças fúngicas podem ser bastante significativas. O método tradicional utilizado para o seu controlo são os fungicidas, contudo, a grande demanda de produtos hortofrutícolas livres de químicos por parte dos consumidores, além das regulações […]