Investigadores estão a usar nanopartículas para tornar a edição genética mais eficiente, segura e adaptável a várias culturas agrícolas. Esta tecnologia inovadora pode facilitar o desenvolvimento de plantas mais resistentes e produtivas.
A nanotecnologia está a tornar-se uma aliada importante na edição genética de plantas. Cientistas estão a recorrer a nanopartículas — estruturas minúsculas, milhares de vezes mais pequenas que um grão de areia — para transportar ferramentas de edição genética como o CRISPR-Cas9 para dentro das células das plantas.
Esta abordagem é promissora porque estas partículas conseguem ultrapassar as barreiras naturais das células vegetais, permitindo que o material genético chegue mais facilmente ao seu destino. Além disso, funcionam em diferentes tipos de plantas, o que as torna úteis para a agricultura em grande escala.
Entre as nanopartículas mais utilizadas estão:
🔹 Nanopartículas de ouro – São eficazes em organismos vivos e fáceis de modificar. Ligam-se ao material genético, protegem-no e ajudam-no a entrar nas células. Já foram usadas com sucesso para silenciar genes em várias plantas.
🔹 Nanotubos de carbono – Estruturas extremamente pequenas e resistentes, capazes de atravessar as paredes das células. Permitem transportar genes temporários ou pequenas moléculas de RNA, com menos efeitos indesejados.
🔹 Nanopartículas lipídicas – Muito úteis para transportar o sistema CRISPR-Cas9. Como são feitas de gordura, conseguem envolver e proteger o material genético, facilitando a entrada nas células e reduzindo reações adversas.
Estas tecnologias podem melhorar o desempenho da edição genética, tornando-a mais precisa e menos agressiva para as plantas. Isso poderá traduzir-se, no futuro, em culturas mais saudáveis, resistentes a pragas e adaptadas às alterações climáticas.
Para saber mais, consulte o artigo original em AzoNano.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.