O presidente da influente associação de agricultores Coldiretti, Ettore Prandini, anteriormente muito hostil aos OGM, planta uma vinha geneticamente editada no campo experimental de Verona, no dia 30 de setembro.
Cientistas em Itália utilizaram a tecnologia de edição genética CRISPR na casta Chardonnay para resistir ao míldio. Os testes no campo (experimental) começaram no dia 30 de setembro, perto de Verona.
Trata-se de um pequeno avanço na luta contra as doenças fúngicas, mas é apenas o início. Em comparação com as vinhas normais, estas plantas têm uma vantagem: a capacidade de se defenderem do míldio sem a ajuda de pesticidas. É essa a esperança dos investigadores da EdiVite que desenvolveram estas plantas. “Este é o primeiro ensaio de campo com videiras geneticamente editadas na Europa”, afirma Sara Zenoni, professora de genética agrícola na Universidade de Verona e uma das sócias fundadoras da EdiVite.
O míldio nas videiras é um grande problema e exige uma solução científica. Na Europa, a viticultura utiliza 41% dos fungicidas utilizados na agricultura, apesar de ocupar apenas 2% da área cultivada. É por isso que a investigação italiana sobre as vinhas geneticamente editadas começa a ser vista com bons olhos pelos produtores de vinho mais informados, pelas grandes associações de agricultores e por alguns políticos.
Saiba mais nesta versão traduzida (em inglês) pela bióloga e comunicadora de ciência Anna Meldolesi publicada no seu blogue CRISPeR FRENZY.
O artigo foi publicado originalmente em CiB – Centro de Informação de Biotecnologia.